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Até chegar em casa

Na beira da estrada tudo parece passageiro. Não se engane, só parece.  Passam tantas coisas que nem vemos. Passam mistérios diurnos. São poucos, mas existem. Pessoas que nunca mais se encontrarão, passam ali, lado a lado.
Idas e vindas, infindas. Vozes parecidas com as de nossos dias. Vozes esquecidas com os nossos dias.
A estrada só traz liberdade se trouxer outro caminho. Se houver referências, lembra passado. Poucos passados não aprisionam. O passado, mesmo na estrada, é passageiro. Só que uns não sabem disso.
Pegadas só fazem sentido se for pra atalhar caminho.O caminho conhecido só é bom se mata a saudade e vivifica o amor.
O amor não está no passado, eu já procurei. Só encontrei lembranças. E lambanças. As vezes não sei o que é uma ou outra coisa.
Quando uma estrada é nova todos querem passar por ela. Passar uma segunda vez não tem graça. O prazer  da primeira vez é único porque só olhamos para frente. Sentido único.

Mesmo assim, adoro voltar pra casa.

Pés no chão


O que escraviza mais, os vícios ou as crenças?
O que se faz mais motivador do que as ilusões?
Me parece que pôr os pés no chão é desolador nesta óptica que somos educados a crer ser a correta. Nunca ouvi alguém dizer depois do autoafirmativo “a verdade é que...” uma coisa boa.
As vezes a verdade pode não ser o que desejamos, mas é uma percepção daquele instante.
As frustrações, que são nossos desejos contrariados, por vezes tem muito a ensinar. Pois nesta ocasião é que revemos nossos planos. A volta a prancheta de planejamento pode nos fazer mais impacientes ou mais precisos. Como sempre temos uma circunstância e a forma como nos sentimos diante dela é que fará a diferença no nosso entendimento do “é bom ou ruim”.
Saber o valor das coisas e não confundi-lo com as coisas de valor nos liberta. Dos vícios, das crenças, dos vícios de crenças e nos motiva para algo além das ilusões.
Tal como ao acordar realiza uma transformação fisiológica magnífica no corpo físico, o desperta da consciência proporciona transformação semelhante no emocional, e creio, até no físico.
Depois de acordar, ponha os pés no chão. E será maravilhoso.

Quais são as suas cores?

Hoje no aniversário de 101 anos do meu amado Corinthians, ainda repercutem as notícias do jogo de ontem a noite contra o Grêmio. Indiferente do resultado, que foi vitória corinthiana mesmo com dois jogadores a menos, passo o dia como na sequência dos jogos contra os times da capital gaúcha, tendo de me justificar como Fiel Corinthiano. Aos olhos dos colorados, sou gremista. Aos olhos dos gremistas, sou colorado. Engraçado que não me conhecem e dizem que eu tenho cara de um de ou de outro time. Colorados como João Petrillo e Tiago Paranhos jamais me confundiriam. Gremistas como a Bruh, o Tarcísio,o relapso André Meirelles (em termos futebolísticos, bem claro) sabem do meu coração do Coringão.
O mais interessante é que alguém como Grasiane da Ré, que nem mesmo se importa com futebol, entende que alguém que vive no sul seja Corinthiano.
Isso porque pessoas há que se perturbam com a dissonância. Para estes contrapor-se ao paradigma é uma violência. Pensar por si é inaceitável. Como pode-se não seguir a tradição? Vivem entre as cores que lhe permitem ver! São o que dita a cartilha pobre da imposição da "santíssima trindade": tradição, família e sociedade.
Anteriormente, isso até me incomodava. Mas lembrar da Rita Lee que diz que a alegria alheia incomoda, eu relaxei. Dane-se o que pensam ou fazem. Faço eu meu dia. Construo eu minha vida. E tenho de ter coragem de ser eu mesmo para alcançar a felicidade que almejo.
Anelo dias em que eu possa me exercitar em gratidão a Deus pelo corpo que me deu. Sorrir por ter um pouco de paz em mim. E gritar gol pelo livre arbítrio que me é dado pelas alturas.
Poderia findar o post dizendo seja feliz apesar dos que duvidam que você possa ser feliz com as suas escolhas. Mas direi diferente. Não enche o saco. Deixa o outro.


Meu twitter é @rodrigojoel, abraço.

Malditos Cultos

Pessoas há que necessitam ver uma criança humilhada pela fome para sentir um instante de compaixão. Criaturas existem neste mundo de expiação e provas que precisam ver o que há de mais sofrido para ter um gole fugaz de ternura.
Bem sei das imaturidades terrenas, dos deslumbres dos espíritos infantis e dos resquícios emocionais das encarnações anteriores junto aos miasmas que acompanham o desenvolvimento do perispírito.
Noto em diversos momentos o chamado "vim pra destruir e acho graça da tua dor". Desde os cultos aos rODEIOs, aos pensamentos de que Deus fez os animais para nos alimentar, às idéias de que tudo que o padre, ou pastor, seja quem for, falou é lei.
Cultos servem para diminuir nossa individualidade. Isso pode ter efeitos bons. Mas como existem pessoas que corrompem os mais nobres ideais, estes também foram corrompidos. Seria lindo um amontoado de gente para celebrar a Deus. E porque diabos não o fazem sem a manipulação religiosa? Vão celebrar as obras divinas como um todo. Saiam às ruas e olhem os céus, as flores, o amor e as criações em todas as suas instâncias.
Tenho visto nesta época falar tanto em rODEIO. Isso é fim da miséria moral de um espírito. Eu, sinceramente, não sinto menor traço de piedade por estes imbecis. Se fossem valentes lutavam sem todo o aparato. Ainda vou ver essa gente tudo arrodiando no tacho do capeta. Comer carne já é um sinal da selvageria humana. Diversão com a morte dos animais é ainda mais inferior.
Cultos a rODEIOs, cultos a homens que se dizem mais perto de Deus, cultos a qualquer invencionice. E quem cultua a si? Não ao seu ego. A si mesmo? Acho brabo.
Deus nos deu corpo, alma, mente, sensibilidade. Ser feliz é o culto a si mesmo. Quando alguém lhe dá um presente, quer que seja útil. Faça da sua vida algo útil e fará Deus satisfeito por ter te criado.
Mas ao invés disso a manezada vai toda no trilho das "tradições", das ondas, modismos e processos de desacefalização coletiva.
Negue ao coletivo e alcance a si mesmo.

Arrependimento mata?

Mudar a forma de pensar é um privilégio dos pensantes. Quem se joga ao acaso, culpa o destino. Mas é apenas inconsequência ou insegurança de decidir por si algo que é apenas de sua responsabilidade. Isso gera desconfortos e desajustes emocionais rapidamente. O arrependimento é um deles. Mas me refiro ao arrependimento porque ele é bom. Comumente confundido com remorso, arrepender-se é mudar a postura mental diante de uma idéia. Ser inteligente não basta é preciso ser pensante.
O arrependimento é uma conclusão da percepção da dor alheia. Amadurece, então, uma nova idéia a respeito de sua própria atitude. Postule sua autonomia revendo seus conceitos e assumindo suas responsabilidades para com seu destino. Ao pedir um conselho, pode existir uma boa intenção do conselheiro,mas o livre arbítrio reserva as consequências somente a quem agiu.
Gosto do arrependimento, ele é repensar. E só quando um homem sabe o que quer ele pode repensar, senão torna-se um tolo guiado por sua teimosia. Ser líder, serve para escolher os próprios passos, já que ninguém tem poder de escolha sobre o outro.
A bíblia, esta poética obra literária, retrata em duas ocasiões a diferença entre arrepender-se e remoer-se. Judas, atribuído como traidor e eu tenho lá minhas dúvidas, por remorso ceifou a sua vida. Já em outros personagens, o arrependimento mudou sua conduta. Como Pedro, Saulo/Paulo, o ladrão crucificado entre outros.
Portanto, se é pra se arrepender, muda de atitude. E não enche o saco com "eu quero, mas é dificil" ou "eu sou assim".
Ah! Respondendo ai título, arrependimento não mata, quem mata é o remorso.
Tô no twitter: @rodrigojoelrs
Abraço.

Um livro, uma árvore e um filho

Por certo que sonhamos com obras faraônicas, onde somos os heróis daquela bem aventurada criação. Temos os ensejos de nos idealizar nestes planos deslumbrantes de satisfação. Todavia, os maiores planos e construções que podemos realizar transcendem a nossa vida orgânica. Ensurdecidos pelos aplausos que recebemos nos deixamos levar pela sensação de sucesso imediato, que não obstante, são efêmeros demais pra nossa autoestima.
As maiores obras não tem reconhecimentos em vida, os maiores planos transcendem os nossos dias na terra e seguem adiante como um livro, uma árvore e um filho que criamos.
Então se criamos ou preparamos algo que mesmo em vida não iremos desfrutar, isso pode não ter demasiado valor. Pode sim, ser à benefício dos outros.
Ainda que não companhamos uma Nona Sinfonia, mas que criemos bons frutos. Estes modestos como nosso envergadora intelectual, espiritual e outros "al"s. Mas sempre em mente que a semente é menor que seu fruto. Não pense em sua obra como uma realização para colher depois. Entenda que você saiu a semear e sinta-se feliz por isso.
A semente é menor que o fruto. E se você semear com alegria, que bons frutos virâo?

A utilidade do que não está lá

Os rótulos que cismamos em pôr nas pessoas, sentimentos e situações poucas vezes tem sentido. Quanto mais se agride ou se repulsa o que julgamos ser o inverso da nossa posição, é apenas para autoafirmar-se. Geralmente, com desconhecimento de causa.Sei que é complicado despir-se das nossas achologias e analisar sem preconceitos. Mas com inteligência crua podemos ver o que realmente há ali. Quando envolvemos o emocional numa área intelectual, não haverá conclusão justa.Entre tantas idéias que envolvemos os achômetros, as distinções entre nós e o próximo sempre me chamam a atenção. Pois os rótulos mais severos são postos em gente e por bobagens.
 Tenho encontrado em textos do Tao a compreensão sobre vida. O Tao é o caminho da virtude, da espontaneidade natural. O Tao fala no agir pelo não agir, uma forma de paz diferente do qual estamos acostumados a entender. "Domina-se o mundo deixando as coisas seguirem o seu curso.'' Abrindo-se ao novo sem preceitos, preconceitos, mandamentos e, melhor, se for sem medo.
O Tao pode ser útil à nós ocidentais. basta ler sem rotula-lo. 

Retrovisor ou Futuro?

Um medo pelo que já aconteceu
Uma fobia de encontrar o que já foi
Medo do passado
Forte o suficiente para cegar o futuro

O medo e o amor não coexistem
O amor quer a vida, a liberdade.
E conquista o prazer a passos largos
O medo só faz recuar

Ao conviver com o medo nem a paz é possível
Tudo assusta e jaz a tranquilidade
Qual a importância do medo? Até onde ele vai?

Ao conviver com o amor, vem a paz do impossível
Tu degustas e faz a tranquilidade
Qual a importância do amor? É ir onde ele vai.

E sem esquecer

"E os fins justificam os meios quando os princípios ficam pra trás." Este é um dos versos de uma canção minha, chamada E sem esquecer. E sem esquecer porque levo meus princípios comigo. Levo-os e semeio-os em cada passo meu. É uma escolha difícil, pois a lei de conveniência nem sempre estará ao meu lado. Trás consequências, contrariedades e consciência tranquila. Esta última me basta.
Viver com a consciência tranquila é, segundo Sócrates, a única forma de alcançar a felicidade. O pesar não permite a alegria. O que dirá a felicidade.
Não saber o que fazer pode ser uma certeza. Porém, com princípios bem claros, a resposta não demora a vir.
"A borboleta bate as asas e o vento vira violência", é a leia do caos. Mas mesmo no caos, os princípios são norteadores. Então, seja no caos do bater de asas ou da ventania, não uso os fins como álibi para os meios.
Vão duvidar de você. Vão tirar sarro. Vão questionar sua reputação. Mas ninguém tem o controle da sua paz.

PoÉtica

Me preocupa tantos perfis de frases no twiter e tantas frases feitas nas mídias sociais. O que pretendemos com tudo isso? Demonstrar que lemos? Que temos sensibilidade? Será que é algo que não me ocorre agora? Mas que finalidade tem isso?
Quando vejo certas frases que parecem expressar o que o postador está sentindo, me parece sincero como uma planta artificial. Um artificio. Para tentar ser ou parecer mais verdadeiro, mais humano.
Onde está a nossa poesia? Nosso poema diário na vida. Podemos fazer a vida de forma poética. A forma óbvia não acrescenta. O sol nasce e aparece o dia. Só eu vejo o que há de poesia nisso? Será que é porque estou apaixonado ou é visível que há poesia?
Falta-nos a poesia que adoça a vida. Podemos fazer tudo igual só que diferente. Podemos ir ao trabalho e pensar que as pessoas que gostamos estão sob o mesmo céu. Podemos imaginar onde o vento que passou por nós encontrará um rosto amigo. Posso pensar que a minha camisa 9, estava pertinho daquela vestida pelo Ronaldo quando fez um gol pelo Corinthians. Podemos eternizar um sorriso espontâneo no porta retrato ao lado da cama. Fazer do quintal um palco. Do clima frio uma saudade.
Quero poesia, mas pra viver. Poesias dos outros me faz pensar. Enquanto poesia vivida, me faz viver.
Ponha nas tuas palavras a tua vida. É só pela tua vida que irás responder.
Ponha um porta retrato. Um CD novo pra tocar, ou um vinil velho. Uma camisa 9, 10, sem nem número. Ponha poesia.

Em que mundo você vive?

Pra começo de conversa eu não compro pela embalagem. Sem essa de tem cara de ser confiável ou usa bem o verbo. Sem essa de o Fulanaço jamais agiria assim, ou o Beltranaço é isso ou aquilo e vindo dele é tudo confiável, 100% de certeza. Vai vendo...
Quero repensar uma frase atribuída ao maior que já esteve entre nós. O cara veio, marcou a história, renovou nosso conceito de humanidade. E nem jogou no Corinthians. Não, não é o Pelé. É o Jesus.
A frase "a felicidade não é deste mundo" é tão distorcida. Pois que, se a felicidade não é deste mundo, pode fazer tudo que der na telha. Pois é o mundo sem felicidade. Penso que a felicidade global, total, que cabe apenas em mundos com padrão vibratório mais elevado, não tem muito por nossas bandas.  Mas como essa frase veio do hebraico e com milênios de religiosos manipuladores traduzindo e reinterpretando-a, pode ser outra coisa. Minha vez de manipular e reinterpretar.
E se em vez de felicidade, fosse algo como felicidade coletiva, geral. Ou paz total de espírito? Já teríamos algo assim, "a paz de espírito total, não é deste mundo".
Mas também podemos rever o tal de "este mundo". E se na tradução for entendido como mundano. Como disse Kardec, estar no mundo sem ser do mundo. Então pode ser, "a felicidade não está nas coisas mundanas". Essas coisas que perdem o sentido quando se perde alguém. Estas coisas que ganham sentido quando alguém se perde.
Refiro-me que devemos entender felicidade como algo amplo, não como os tais momentos de felicidade. Nem me vem com essa balela de "vai ficar sem dinheiro, pra ver se você vai ser feliz!". É óbvio que não. E ficar sem grana não me é novidade. Mas se só a grana bastasse, não teríamos ricos deprimidos.
Aliás, é justamente isso que quero expressar. Dane-se o quanto se tem. A felicidade pode ser alcançada, sim. Essa do rico passar pela porta do céu e blá, blá, blá não cola. Outra que não cola também é essa exigência de sacrifício. Pode-se alcançar a felicidade sem sofrer. Sem o martírio. Martírio é quando queimo o almoço. E não traz felicidade nenhuma.

Seja livre para ser feliz. Alcance sua felicidade sem a culpa por não sofrer. Mas voltando ao inicio da conversa, Jesus jogando no Corinthians ia ser de arrepiar. Heheeh!

Com sequências e consequências

Pra me recompor foi preciso tempo. Tempo pra mim, tempo pra vida acontecer, tem pra não escrever. Pra pôr a casa em ordem foi rápido. Eu estava recomposto. Re-composto, nova composição. Novos nutrientes. Novos passos seguem, Novos horizontes se aproximam. Tudo vira tão novo. Por onde ando? Nos mesmos lugares. O que eu enxergo? O que antes me era invisível.
Somos o que consumimos e o que escolhemos. E somos um monte de coisas mais. Somos tanto. E o que vemos? Vemos?
Somos, viemos e vamos. Somamos.
Quando as canções no violão me parecem todas iguais, procuro uma escala que não conheço. Sei tão poucas. Elas renovam o braço do violão. O braço do violão me parece o trilho de trem. Sempre com um novo horizonte sonoro.
Nutro o violão das mesmas notas. Com sequências diferentes. É só o meu violão. Sou eu ainda. Mas re-composto.
São notas, são trilhos, são nutrientes, tempo e novos ares. Pra renovar mergulhamos ou voamos? As vezes uma coisa leva a outra. Pra ter novas forças pode ser preciso exaurir-se.
Em uma das piscinas populares, Sócrates com apenas os pés sob a água, foi questionado debochadamente sobre como ser um sábio, por um homem com o corpo todo dentro da piscina. Sócrates  segurou a cabeça do homem sob a água por tempo suficiente para que ele se debatesse tentando desesperadamente emergir. Quando o soltou disse ao debochado ofegante: "quando procurares o conhecimento, como procuraste o ar lá em baixo, aí sim serás um sábio."
Os "nutrientes" estão aí.  Procure-os. Sirva-se à vontade. Recomponha-se.

Reflexo do seu mundo

E olhando adiante, o passado não repetiríamos. Não mais a idolatria aos fortes. Mas a alegria de ser igual.
Não mais um mestre dominando oprimidos. Desenvolvendo idéias de que o inferno é um reflexo do seu próprio mundo. Não mais.
E olhando adiante, não mais as torturas aos irmãos, de eliminar-lhes os direitos básicos para corromper-lhes os ideais. Não mais regimes totalitários, ditaduras e tiranias... Em nenhum lugar do mundo "fortes" oprimindo "fracos". Não mais.
Este é o mal grosseiro. Que corrompe apenas os maus. O mal que corrompe os bons começa com uma ponta, uma fagulha. Quando este sente uma fagulha de ciúme, por exemplo, até que se torne uma chama com violência suficiente para matar o amor.
São inúmeros os que resistem às idéias de crueldade. Mas à um pouco de ganância e preguiça? Estas são as sementes que podem desvirtuar os melhores, por repousarem nos descuidos. Como um toque de superioridade.
E olhando adiante, o passado não repetiríamos. Nos tornaremos fortes, mas para estender a mão com alegria de se saber igual. Desenvolvendo idéias de que o céu é um reflexo do seu próprio mundo para libertar os oprimidos.
E olhando adiante, dar-se além do básico para comover com os ideais. Com mais totalidade, essência e alegrias. Em todo lugar do mundo seremos fortes e não corrompidos por fraquezas. Não mais.
Este é o bem maior. Destinado somente aos realmente bons. O bem que demove os maus começa com um despertar. Até que a sensibilidade faça com que se entregue com paz suficiente para viver em amor.
São inúmeros os que conhecem as belas palavras. Mas quantos a lêem nos sinais da vida? Estas são as sementes que podem amparar os que ainda perseveram em erro, por germinarem sutilmente.  Como um toque de amadurecimento.

Verdadeiro e Fascinante


Algumas perguntas tem mais de uma resposta. Assim como um caminho leva à vários fins.  Todavia, a tendência é crer que o caminho escolhido é o melhor. Afinal, o ego quer essa aceitação.

O maior dos caminhos é o que nos fortalece em evolução, o amor. Pois quando se escolhe rumar por estes trilhos não há escolhas, o amor escolhe. Saem dai as situações em que a "cabeça" quer uma coisa e o "coração" outra. Isso ocorre quando queremos algo, mas o amor nos aponta outra direção. E então o amor lhe diz não sacrifique alguém para uma realização. Mas a vontade (ou vantagem) faz pensar que seria melhor a outra opção. Criamos desejos e não criamos amor. Por quê? Podemos dominar ou aumentar nossa força de vontade. Mas não podemos dominar o amor. Por quê? Simples. Porque o amor não é subordinado. O amor é a ordem. 
Há os que sofrem tentando dominar o "coração". Geralmente referem-se assim aos seus instintos. E sequer os compreendem. Fugindo da idéia rasa de amor, e nos reportando ao amor maior, encontraremos deus. Em sua plenitude. Mas se em cada um há a centelha divina, só poderíamos ser imperfeitos. Pois não somos plenos. E o próprio amor, ou seja deus, aceita como somos... podemos nos aceitar relativos e imperfeitos. Mas também não avacalha com essas idéias de fazer o que dá na telha. Vai devagar.
Temos a eternidade e as sucessivas reencarnações para deixar-nos conduzir pelo amor. E convém não deixar pra muito depois.
Envolvemos o ego na lida diária e ele não pode manter-se diante do amor. Se amarmos demais, como nos amaremos? E o ego teme seu fim. Entendo que devemos nos centrar, pensar no "eu" e não no ego. Podem os  que conhecem a psicologia comentar sobre o ego. Este é parte da consciência que se relaciona com o que cerca cada um. E começa aí a dificuldade em amar. Pois esta parte preocupa-se com o que vão pensar, dizer e falar. Enquanto nos trilhos do amor as atitudes são conduzidas sem essa preocupação periférica. Você pode rir, cantar e andar com a cabeça erguida. Sabe que sentir satisfação em ser é importante. Quando queremos a aprovação dos outros abandonamos a nós mesmos. Enquanto amar-se já é a aceitação. Quem se rejeita, não encontra aceitação em local algum, pessoa alguma. Ainda não encontrou os trilhos do amor.
Não espere de si mesmo e dos outros atitudes de amor verdadeiro. Este cabe a deus, pois ele é o amor. Somos fagulhas, ele é a chama. Ao invés de frustrar-se, pense que não é só você que comete equívocos. Nossa paciência vai de acordo com o amor que sentimos. Por isso com uns sequer temos. O exercício da paciência uma forma de vivenciar o amor.
Quando encontro em algum paciente uma dificuldade de tolerância, tento enxerga-lo como alguém que me seja muito caro em idade semelhante. E já estou pronto para lidar com ele. Isso acontece porque com aqueles que amamos o ego não se mostra da mesma forma. Sentindo-se amado ele não irrompe em carência de notabilidade. Pois já tem o que mais precisa, amor. Enquanto algo for feito por ego, irá te desgastar. Se for feito por amor a sua energia será revigorada. Se estranharem ao te ver dançando há duas escolhas, dançar estranho ao olhar alheio ou parar de dançar. Se sua canção não agradar a todos (provavelmente isso aconteça) não deixe que o ego te faça murchar. Descubra se é feito com amor. E então terá a resposta se vale a pena canta-la.
Quando o ego prevalece surge as sensações de rejeição, timidez entre outras  que não fazem sentido. O ego não pode conviver com o perdão, já que este é o filho do amor.
Segundo Camões, o amor sempre a mais se atreve. Atreva-se a amar.

O Teatro da Dor

Cuidar onde pisa é parte do caminho. Os rumos dados pelas nossas escolhas nem sempre são tão claros quanto gostaríamos. E por diversas vezes aquilo que parecia deslumbrantemente maravilhoso, torna-se decepcionante. Ao deparar-se com o “não era bem assim” uns repensam, outros encontram alguma desculpa para a ignorância passar a cegueira.
Talvez até por medo de contrariar a maioria. Mesmo onde se ouve muito que as pessoas escolhem por si, e não por influências é visível a padronização das palavras.
A cultura cerca os indivíduos de tal forma que se torna imperioso aderir ao costume. Por mais infeliz que este seja. Aqui no Rio Grande do Sul, se descordar com a cultura local é ofensa aos hábitos que nem mesmo os gaúchos cultivam corretamente. Mas crimes ambientais caem na vala comum do “todo mundo faz”. Nossos novos tradicionalistas seguem o sertanejo paulistano ou o pagode de sei lá onde, mas são muito gaudérios, sim. Afinal, eles tomam chimarrão ao fim da tarde, comem churrasco no domingo e torcem para um da dupla grenal.
Assumimos a maldição dos rodeios como cultura. A midiocracia impôs essa maldição que foi abraçada porque qualquer coisa com cerveja e canções (de mau gosto) vende. Enquanto a crueldade fabrica o teatro da dor nos bastidores para o grande espetáculo.
Se os costumes se modificam e ganham ares modernos, que sejam mais elevados. Se tu queres matear em charla guasca, boleia a perna, puxe o banco e vai sentando. Se estás loco de faceiro e vais te juntar aos teus, come, bagual. Mas sem matar ninguém.
É por demais infeliz e trágica a conservação de uma idéia de que temos de matar para sobreviver. E em termos nutricionais, não temos nenhuma necessidade de alimentar-nos de carne, nenhum delas, para termos saúde. Como terapeuta, biólogo e atleta afirmo com conhecimento de causa e prática.
Palavras Mágicas é o que nos faz abrir os olhos. Pouco importa quantos estão dispostos a crescer de verdade. Catar boas frases para por no perfil não nos faz crescer. Crescer é outra coisa. E eu creio numa evolução que forme uma cultura sem mortes, sem dor e sem violência. Numa cultura em que a preservação do meio ambiente seja obviedade. Sem esse papinho do “Eu não sei. Sempre foi assim por aqui” que sustenta os paradigmas.
E que as gerações futuras conservem os ideais amadurecidos, e os aplique, porque preservamos e respeitamos a natureza na forma qualquer que ela se apresente. Demonstrando educação que sirva de modelo a toda terra.

Meu apreço à prece

Nada mais intimo do que o pensamento. Então, o que será a prece, se é um envolvimento através do próprio pensamento? A prece nos contextualiza diante da vida. Nos faculta perceber, onde antes era apenas confusão. Não é a prece uma conversa com deus, pois deus está em nós.
O exercício da prece está na vivência, também não creio em fé que não ama. Tão pouco espero que alguém tenha amor genuíno a oferecer. É parte da nossa condição animalizada este amor imperfeito. Não me comovem as frases com os hoje em dia ninguém ama o próximo e seus blá, blá, blás. Eu também não amo.
Nós, que nos dividimos em religiões, esquecemo-nos do princípio de todas elas. Focamos o que nos divide a fim de ter razão. Tal como crianças, as crenças de que quem optou por este ou aquele estereótipo está salvo ou condenado. Sendo que não há condenação, há causa e efeito. E nem salvação.
Não creio em salvação, o que há é conduzir-se numa direção melhor. Envolver-se com sentimentos mais evoluídos. Para erguer-se dos vícios e aceitar a virtude. E para facultar este entendimento há a prece como elemento facilitador.
refiro denominar prece que oração porque oração vem de oratória. Uma tagarelice em que a retórica e a memorização substituem a relação com vibrações mais elevadas. Prece é a necessidade de buscar a pureza da fonte, contextualizar-se com deus. Por isso, creio em amar como estado de espírito, manter-se nesta ligação com deus. Murmurar palavras na quietude pode ser um relaxamento mental aprazível. Mas buscar a interiorização é de uma natureza mais divina. É onde as palavras não alcançam. Não cabem verdades divinas em palavras. A prece numa condição mais elevada transcende a obviedades que antropomorfizam deus. O papo que deus quer, deus mandou, deus vai me mostrar, entre outros tantos, afastam o ser humano de sua real divindade. O que convém aos que se valem destes termos em pregação.
Envolver o consciente com o interior assusta. O que leva a tantas pessoas às fugas de ficar doidão ou de prenderem suas atenções ao que lhe pouco edifica. Buscando na ostentação um porto seguro. Não descobrindo (nem se descobrindo) que a frugalidade pode conduzir à paz que desperdiça nas horas aventalhadas na procura por segurança.
A prece não precisa de templos, encontros ou decorebas. Deus não está nem esteve conosco. Ele é conosco. Não se pode dividir deus da gente. A prece é simplesmente busca-lo em nós! Conhecer a si, é ir a caminho de deus!
E apenas os que convivem bem consigo me convencem do seu amor. Pois estes tem na prática a sua prece. 

E por que não dançar?

De onde temos a necessidade dos números? Por que tantos a nossa volta? Os convívios sociais e casuais são uma necessidade humana, bem como a intimidade. Neste equilíbrio entre o que é externo e o que fica dentro do lar, há o que pode ser comum aos dois com particularidades diferenciadas. Mesmo o que é bom sair para fazer pode ter um modo "nosso, só nosso". A nossa individualidade se externada completamente nos faz perder o prazer das pequenas coisas. O íntimo precisa do seu espaço, seus momentos e sua atenção porque é ele quem nutre as reações cotidianas da vida social. O semblante, a entonação de voz e o ânimo da convivência que oferecemos aos próximos e por conseqüência aos distantes  são modulados nos pensamentos anteriores ao descanso e ao sono físico que a reestruturação fisiológica.
São estes momentos de interiorização que devolvem ao ser humano sua capacidade de contato consigo mesmo. E se há contato consigo mesmo haverá contato com deus. O contato verdadeiro consigo traz a disposição da busca pelo melhor de si e este leva a deus.
Quando chegada a hora do entendimento de ser emocional e não apenas ter emoções, a intelectualidade aceitará o que antes parecia, e perecia, ilógico. Quando alguém reage alegremente cantarolando pela via pública a maioria silenciosa reage com estranheza. Penso que estranho é estranhar a alegria. E a alegria de quem repreende com essa estranheza onde foi parar? Parou em algum lugar lá atrás e não foi sequer percebido. Viva a vivacidade!
É preciso inteligência para que o emocional esteja equilibrado tanto quanto é preciso educação emocional para que a intelectualidade esteja saudável.  Os hemisférios cerebrais têm estreita relação com uma série de características. O hemisfério direito é vinculado a criatividade, às arts, intuição, à seguir novos caminhos. O esquerdo por sua vez é atrelado ao lógico, analítico, às memórias entre outros. É natural agir mais por um grupo de características que por outro. Por um hemisfério que por outro. E na busca do equilíbrio cabe realizar atividades que exercitem o lado menos utilizado. A individualidade está margeada por estas características. Seja em qual hemisfério tiver mais afinidade. Mas com a prática é natural o desenvolvimento de ambas.
Aceitar ser emocional e não apenas ter emoções nos torna menos previsíveis. Isso é ótimo. Se alguém torna-se parte da massificada maioria é pobre de espírito. Faz-se então necessário buscar a si mesmo. E como parte do processo natural, a busca de si mesmo conduz a deus.
Então, quando o intelectual não for repressor e aceitar a liberdade emocional. Será compreensível até mesmo dançar em casa. Até mesmo sem uma canção audível à todos. Há canções internas. E esses ritmos moverão o embalo do corpo que relaxa continuamente em agitação. É uma forma de meditação ativa. 
Dance nas festas e dance em casa. Esteja consciente de si nas diversões. Dê intensidade aos momentos sem o semblante pesar sobre os ombros posteriormente. Dê atenção ao raciocínio. Não entenda que enlouquecer como criatura impensante  seja liberar-se. Isso é para os muito reprimidos. Muito reprimidos mesmo. Seres que não se suportam a luz da razão. E fazer da razão sua graça, sua canção, liga em uma atitude características dos dois hemisférios cerebrais. Raciocinar com sensibilidade. Sentir com a razão. E por que não dançar?

Inspiração Tranquila

Numa noite vazia no meu mundo virtual o sono não deitou sua mão sobre meu semblante. Minhas idéias geralmente fervilham antes de minha taça de inspiração transbordar e derramar a essência do que me inquietou. No twitter, a @carinalila disse se inquietar com a idéia de inspiração, quando lhe perguntei se existe inspiração tranquila. 
Minha tranquilidade hoje chegou ao ponto de me perturbar. Mesmo com um circo pegando fogo, me achava em paz. Não pretendo fazer deste post um relato. Acho isso um saco. Mas inspiração tranquila é curioso. Imagino homens como Chico Xavier, Isaac Newton, Allan Kardec, entre outros tantos, trabalhando dias a fio. Como se concentravam tanto? Talvez seja como me disse o @joaopetrillo hoje, é importante manter o foco. Não deixar-se dispersar. Desta forma, creio eu, a atenção, a força criativa e o pensamento não são desperdiçados. O pensamento, energia com força motriz de proporções até agora  desconhecidas, quando canalizado conquista o improvável. E @joaopetrillo disse ter assistido no filme O Segredo que devemos nos concentrar para pequenas questões também, como mentalizar o que se quer para a semana ou para em breve. Belas Palavras Mágicas as dele.
Outras ponderações de @joaopetrillo estão no http://arterandovomitos.blogspot.com/ . Já mencionadas em outro texto aqui no PM.
Talvez a concentração traga uma inspiração tranquila. Como o talento lapidado de um artista. Entendo assim, para se improvisar com qualidade é preciso saber do assunto. Quando se domina este assunto, ou técnica no caso de um artista, o improviso sai melhor, mais embasado. E sentindo-se mais seguro de si, o artista pode improvisar com inspirações repentinas tranquilamente.
Ao estudar música se fala muito em improviso de solos. Mas já é feito um estudo sobre as escalas com antecedência. Quanto melhor o estudo, melhor o solo. Provavelmente.
Esta linha de raciocínio pode ser aplicada a profissão, a relações interpessoais e demais coisas da vida. Pois que não temos como prever uma jornada de inicio a fim. Podemos, sim, nos preparar com alguma precaução para o que desejamos cumprir. 
Imagine fazer um plano. Vai ser necessário isso, aquilo, depois pego tal coisa, em tal lugar é assim, etc. Só que tudo pode mudar repentinamente. O que se entende por "plano"? A superfície de uma  mesa é plana. Plano é uma forma de assegurar que a segurança da jornada esteja garantida. Por isso tem de ser reto, liso. Tudo conforme o previsto.
Mas a vida é cheia de altos e baixos. E só podemos adaptar os planos à vida, não há como adaptar a vida aos planos. A vida não espera até que estejamos prontos. Ela acontece. 
Vou usar uma metáfora. A vida é a base, o alicerce. É feito um plano. Colocado o plano sobre a vida, quem fez este plano começa sua jornada sobre o plano. Está tudo liso, fácil de passar por ali. Mas a vida com seus altos e baixos, move-se. E o plano posto sobre a vida tem de se adaptar. Logo o plano está cheio de altos e baixos, não funciona como o previsto. Surgiram imprevistos. E é descartado. O que está errado? O plano? Foi erro de cálculo? Não. Apenas a vida não permite estes "planos".
Para quem pensa que planos são necessários, basta lembrar que raros dão certo. Porque não pode-se prever tudo, são fatores demais a serem contabilizados. E se der certo, o fator sorte influenciou. Crer que o plano resolverá o que surgir a frente é uma ilusão para dar a sensação de segurança. Neste ponto gosto de lembrar uma poesia atribuída a Shakespeare, em que num dos versos diz:
"E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã  é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão".
A metáfora de planos-altos e baixos também cabe aqui.
Quero dizer o seguinte: prepare-se! Não planeje demais, não ponha suas fichas no futuro, não lamente que o momento ainda não é o que se deseja. E persista! Concentre-se! 
A segurança que desejamos sentir só pode ser verdadeira se partir de si mesmo, não de uma estratagema. 
Aí poderemos ter inspirações tranqüilas como os grandes seres humanos que mencionei.
Um dia eu chego lá. No meu caso é láááááá! Heheeh!

Mas sem planos. E você?

Lenha na fogueira ou água na fervura?

Hoje conversando com a Clau, disse-lhe que aqui no Palavras Mágicas há temas ou expressões que parecem-me não caberem. Como se com os textos, com as Magas e Magos que seguem o blog e deixam seus bons comentários dessem uma série de características ao ambiente virtual que os acolhe. Porém, as Palavras Mágicas não apenas se aplicam a entusiasmo e emoções. (Eu deveria ter perguntado se ela concorda).
De qualquer forma tentarei nas próximas linhas expressar uma idéia que há uns dias tem se agitado e agigantado na minha Panela Mágica das Idéias. É o seguinte, ou como diria há alguns anos: "Andrezão, tô com uma filosofia nova..."
Não podemos perder o DOM de se indignar. Não podemos ser indulgentes com o mal que nos cerca. Emmanuel nos esclarece que o bem é uma virtude ativa. Portanto cruzar os braços diante do que nos incomoda não é resignação. É aceitação do ináceitável. Não espere cansar do incomodo, mova-se.
A palavra resignação é muito bonita e mal interpretada. Seu significado é uma aula de vida. re = novo, sign = vem de significado. E o sufixo ção é de ação. Ou seja, ação de dar novo significado.
Acredito que a indignação deve ser bem direcionada. Ela pode mobilizar muita energia. Direcionar esta força com inteligência é altamente benéfico. Imaginem o que somos capazes de fazer com tamanha força. Sempre queremos, mas nem sempre com a força de vontade adequada. Se concentrar o pensamento esta poderosa energia em vez de espargir direciona-se. Se usar a indignação, move-se montanhas. Não deixe pra trás, não deixe pra depois. Não confunda bondade permissividade. Quem está sendo prejudicado deve mesmo buscar sua defesa. Parece tão óbvio, mas quantas pessoas desistem de uma ação judicial por seus direitos para não incomodarem-se?
Por fim, digo que esta energia da indignação não se deve utilizar-se somente nas coisas pequenas da vida. Como também em eleições e escolhas de canal de tv e manifestações por internet. Indigne-se!

Estou no twitter também. http://twitter.com/#!/rodrigojoelrs Sigam-me os bons!

O que mais em nome do amor?

Quando vejo a violência "em nome de deus" que cometem algumas criaturas, me assombro. Não apenas pela violência criminosa que praticam com a expectativa de um feito religioso. Mas por colocarem como um ato em nome de deus. Se deus é amor, agir com violência em nome do amor não é uma contradição? Religião e violência são velhos conhecidos na história humana. E dizemos ser a imagem e semelhança divina. Talvez sejamos, porém, nem sempre. E me impressiona também que há quem considere isso muito normal.
Temos conversado muito, aqui em casa e entre amigos, sobre os rumos que os relacionamentos afetivos têm tomado. Em sua maioria, são processos criadores de neuroses e fobias. Pessoas em idade adulta submetendo-se ao que lhe pareceria inaceitável anteriormente, em nome de uma relação frustrada. Criam-se ali abalos ao organismo e ao psíquico que somente boa terapia e tempo precioso irão curar. Sacrifícios em nome do não sentir-se só. Sabendo que a solidão a dois pode ser mais degradante.  E desperdiçam-se os dias como se a ampulheta divina nos desse o tempo que bem quisermos a cada instante.
Dentro deste período um calvário emocional perturba o indivíduo no que lhe pareceria uma proposta de felicidade. O belo início de um "novo amor" em nada parece com sua continuidade. No princípio a flexibilidade total, depois um jogo de palavras, como um engôdo, administrando o "amor" como uma relação de forças.
Isso me parece em muito com a adoção de um cão. Mas de um cão de rua. Imaginem a situação em que o animalzinho ali contando mais com a sorte do que com as forças é acolhido por um dono. Veja que antes ele mandava em seu próprio nariz, agora tem dono.
Esta pessoa leva-o para sua casa, dá-lhe banho, alimenta-o, brinca com ele o tempo que pode. Depois não pode mais vira as costas e se vai embora. E esta "felicidade" de ser propriedade dura enquanto o animal aceitar viver dentro do pátio do dono. Ou seja, dentro do domínio daquela pessoa.
Mas e como vamos nos relacionar diferente? Você pode ter entendido que realmente deve brincar com o cãozinho o tempo disponível, não mais que isso. E até não está errado. Mas algo me faz pensar diferente disto. Por que a necessidade da posse? Pelo ciúme? Por insegurança? Em qual dos dois não confiamos? Acho que em nenhum.
Note que o amor é tolhido por um sentimento relacionado ao ego. Logo o amor! Um sentimento totalmente espiritual. Quando vemos alguém e sentimos amor, vimos a porção de deus nele. Quando não sentimos, não vimos. Em algumas pessoas parece que deus nem teve parte na confecção deste tipinho. Mas não é deus que lhe falta. É nós que não enxergamos o deus ali presente.
Portanto, quando começamos a sentir que o ego começa a se envolver na relação, aparecem os problemas. O ego e o amor não convivem juntos. Como poderiam? O ego vem de uma série de necessidades de atenção, desde a tenra infância. O amor é a elevação maior do ser. Um é comumente causa de desvios , outro pertence à um plano evolutivo . Quando amamos realmente, o ego dá lugar ao amor espontâneamente. Se isso não ocorre, apresse-se em rever os conceitos desta relação e até mesmo a validade dela.
A partir disso vem  inúmeras relações que já perderam o sentido de existir. Pois que ali o coração só tem função de suportar o sofrimento. Já que não vai findar a relação quando houver sofrimento, apenas terá fim quando o cansaço de sofrer sobrepujar as forças e o desânimo abater o que houver ali.
Espera-se do amor algo como uma ponte à felicidade. Não este conjunto de dores que vimos em canções que se julgam alegres, mas são tristes e de gosto duvidável. Se a relação é um problema, não há dúvidas de que o amor não repousa naquele ninho. E desperdiça-se o tempo tentando salvar algo que deu errado lá atrás, quando os jogos de amor começaram e a cumplicidade tornou-se um enorme ponto de interrogação.
Não sugiro que se seja inocente para com todos e doa-se inteiramente ao amor que aparecer na frente. Ao contrário. Com tanto sexo fácil por aí, sexo seguro só com roupa de astronauta. E se for virtual pode trazer vírus ao PC.
Entenda que quando há amor, não é preciso a aprovação de terceiros para que a auto-estima esteja equilibrada. O ego precisa sentir que outras pessoas também sentem-se atraídas, que olhares se perdem por aquela aparência. Sim, ok. mas se chegou a essa necessidade, já não algo para perceber. Se você tem boa aparência deixe que olhem. Mas ao buscar essa atenção me parece tão pobre de maturidade e felicidade. Se quem "te ama" não te olha, a coisa tá feia. Se o serzinho maravilhoso que "te ama" tem uma necessidade insistente em emprestar os olhos por aí, sei não... acho que as vezes a gente cisma tanto com alguém que pensa que ama.
Tudo isso pode parecer um monte de idéias anti-amor, mas ao contrário. É pró-amor. Mas mesmo que decida viver sem um AMORZÃO assim, saiba o que está vivendo. A escolha é sua. Só cuide a ilusão. Uma miragem é só o desejo projetado. E a pobre criatura a sua frente nem sempre tem a dimensão do que passa nessa cabeça. Raramente tem. Então deixe o amor no lugar certo. É um sentimento espiritualizado, uma força motriz que impulsiona a viver com o que de melhor pode haver no sentimento. E se algo é abalado vem o ego e toma conta. Aí ferrou.
E em vez de engessar a dor de cotovelo com um "novo amor" vai descobrir o que sente por si mesmo. É mancada isso. Senão o ego volta e não tem novidade que  resista. Logo cai por terra. E uns precisam de mais, outros de menos tempo para se recompor.
Essas canções populares põe uma necessidade desequilibrada no mental das pessoas de que amar é estar colado em alguém. Nem que essa pessoa não queira estar ali. Confundem uma boa transa com um sentimento, repito, espiritualizado. Depois tão ali, um bando de pinel dizendo que amar dói. Dói meus ouvidos com esses compositores despreparados.
Gosto quando Shakespeare diz que ao invés de correr atrás das borboletas, plante um jardim. Ou seja, vibre com amor que o sentimento envolve a vida toda.
Por fim, "o amor não quer o mal, não sente inveja ou se envaidece".

Valemos pelo que somos?

Esta manhã me despertou uma dúvida. Uma dúvida sincera e talvez ingênua. Pode-se comprar respeito? Não é o respeito aos mais velhos ou respeito ao próximo. Digo respeitabilidade. Alguém chega em um ambiente e é bem recebido. Sai com amigos e é considerado. Isso pode se comprar?
E o comprar que falei é este mesmo do mercado. E então, pode? Haverão círculos onde o financeiro obviamente dá este respeito. Mas a minha pergunta, em essência, é esta: existe algum ciclo em que não importa realmente o que  temos? Em ciclos como trabalhos, negócios, festas este modo de avaliação é transparente. Você vale o status que tem. Mas há algum meio em que só a personalidade e o caráter tenham os créditos pela respeitabilidade?
No meio religioso deve prevalecer qual das duas formas, a compra do respeito ou a valorização? E qual tem sido mais visada? O que você acha?
Entendo que podemos verificar o tanto uma pessoa valoriza os outros por seu status social, percebendo o quanto ela se sente acima ou abaixo dos outros na sua posição social. E é válido ser respeitado por um punhado de valores conquistados, mas que não são você? Não é idolatria da pobreza. Exclua aqui as necessidades básicas em que o dinheiro é fundamental. Estas todos temos e estão fora de comentários. Estou direcionando à questão a um ponto específico. O que me chama a atenção é o quanto se crê na relevância do status.
Observe de longe e talvez perceba que as regras do cotidiano diferem de uma para outra pessoa. Há algum meio em que o status não faça esta divisão? Já estamos tão condicionados a compartimentalizar pessoas que isso é natural?
Fiz tantas perguntas que não sei a resposta que já não sei se devo postar este texto. Mas ele vai ser postado, sim.
Segundo Armando Nogueira, a dúvida é a ante sala da sabedoria. Por isso abro a vocês esta minha dúvida. Onde valemos apenas pelo que somos?

Diante de tudo

Ontem estive diante de um dia histórico. Pelo menos pra mim. Assistir a entrevista coletiva em que Ronaldo (o único Ronaldo de verdade) oficializou o fim de sua carreira mexeu comigo. A emoção dele me emocionou. Suas lágrimas me contagiaram. Assim como, inúmeras vezes, sua alegria me alegrou.
Estou escrevendo isso na Lagoa do Violão. Enquanto isso um casal faz fotos da sua lua de mel. Dia histórico pra eles.
Pra mim também. Nunca presenciei um casal neste momento. A vida passa diante dos meus olhos. Eu escolho o que guardar comigo ou não.
Tenho boa memória. Quando me irrito não fico histérico, fico histórico. "Lembro e esqueço como foi o dia". A mim faz bem.
Relembrar as situações pode nos fazer desprender das emoções que elas despertaram. Existe entre as terapias de meditação, uma técnica que pelo canal de meditação pode-se trabalhar os traumas emocionais relembrando-os. É este tipo de relembrar que me refiro, não remoer mágoas. Saca?
Porém, como a maioria destes traumas são arquivados na infância, rever os momentos com a consciência adultatecida nos possibilita entender que não interpretamos o fato da melhor maneira. Retirando a emoção deste fato do inconsciente e tornando-a visível a luz da maturidade, o problema perda a razão de ser. Pois que a lembrança esclarecida revela que não passou de algo como um mal entendido.
A terapia floral age assim também. Traz ao consciente para esclarecer. Porque o que é falso não sobrevive na luz da verdade.
Escolhemos, então o que arquivar. Estes arquivos nem são tão importantes. O mais relevante é a sensação que nos envolve.
Ontem tive um dia inesquecível. A alegria do casal espargia sobre quem estivesse nesta vibração alegre. A despedida do verdadeiro Ronaldo foi emocionante. Foi o que eu escolhi, mas poderia ser qualquer outra coisa. E você escolheu algo pra lembrar? Para arquivar? Nem lembra se escolheu?
Eu lembro.



PS: Quero salientar que Chico Xavier disse que seu desencarne seria em um dia em que o povo brasileiro estivesse muito feliz. Para amenizar a notícia a seu respeito. Neste dia o Brasil foi pentacampeão do mundo. Sobre a Alemanha, com dois gols de Ronaldo. Aliás, só fomos campeões porque ele jogou muito a Copa toda.
Então, se um espírito com a envergadura do Chico Xavier deve ser grato ao Ronaldo, imagina eu? 

Reinicio e Retorno

Por vezes antigas rotinas retornam. Os afazeres, funções e emoções de outros tempos voltam a marcar presença. São ciclos? Ciclos retornando? Se um ciclo se completa ele retorna? Pois bem, entendo este como ponto chave para a questão. Se um ciclo se completa por que se repetiria? Justamente por não estar completo.
Mas já foi visto, revisto, pensado e vivido. Então por que volta? Porque a lição não foi aprendida.
Entendo os ciclos como formas de experiências. Algo como: enviamos a vida sinais através do pensamento, ondas vibratórias, atitudes, escolhas, etc. Nossas afinidades nos deixam em sintonia com determinadas questões materiais e espirituais. Através delas o retorno da vida. Com ciclos. Vem o ciclo, a experiência e compreendendo ou não, vem o fim.
Todavia, se o aprendizado não foi o suficiente, tornamos a agir de forma semelhante. Repetimos a sensação, o pensamento, a atitude, recebemos o retorno (geralmente neste ponto notamos o ciclo) e tentamos modificar o ciclo neste ponto do processo. Mas por não ser este o ponto inicial, as mudanças terão efeito menor que o desejado.
Observe que me refiro a ciclos que requerem mudanças. Se o ciclo te faz feliz, força.
Mas voltando aos ciclos que  devem ser mudados, é preciso compreende-los em seu início. Em ti. As emoções que cultivamos, os pensamentos que repetimos, as palavras que mais utilizamos. Está tudo aí! Aí em ti!
Barbada, né? Então te segura que lá vem outra.
E se não entendemos a razão do que ocorre, chamamos de caos. Que ironia, criamos algo, achamos ruim e chamamos de caos. Como se caos fosse algo TERRÍVEL!! Caos é a incompreensão do que está acontecendo. Quando algo não está ao alcance do nosso entendimento, só enxergamos a confusão. A falta do discernimento deixa as forças sem direção. Uma turbulência. A isso chamam caos.
O caos é necessário. É ele que caracteriza a mudança. É ele o agente transformador. Viva o caos.
Perceba o caos. Ainda que não saiba o que se passa, saberá que é o caos. E evite tomar decisões radicais.
Existe a necessidade de segurança. Mas a confundimos. Segurança não é estática. Nada é estático. E se algo não se move por um tempo perdemos o interesse. Quando já sabemos os próximos movimentos, o padrão, não há mais o que aprender ali. Então o tédio.
Isso vale para o trabalho, para relações amorosas ou para nosso reflexo no espelho. Creio ser também por isso que as mulheres mudem tanto o cabelo. É por isso meninas?
O cabeleireiro mexe em todo o cabelo.  Molha, corta, pica, pinta, até estar pronto. Ele entende o ciclo do início ao fim. Por isso não há o caos.
Quando um ciclo retorna, é como um velho amigo bater a porta. A lição voltou, aprenda desta vez.
Perceber o ciclo iniciando exige auto conhecimento. Porque ele inicia em nós.
Entenda o caos e será bom conviver com ele.
E por fim... não mãe. Eu não vou cortar o cabelo.


Quem quiser conversar sobre o PM, trocar idéias e afins o msn é rodrigojoel@live.com

Fortaleza em si mesmo


O que você tem visto? Como tem visto?
A projeção da imagem é externa, enquanto a acepção é dada por nós. Não há como despir-se dos valores e crenças. E muito menos das defesas. Talvez até das auto defesas.
Diante da contrariedade apresentamos um desperdício de energia que logo percebemos o quanto é vão. Num primeiro momento reagimos com a não aceitação, geralmente com imprudência, até darmo-nos conta do quão é descabido o esforço.
Preserve sua energia para o útil. Faça a reflexão de até aonde você está disposto a lutar por aquilo. Se para vencer falta um pouco mais de "força", SIGA. Mas se perceberes que tamanha dedicação é demasiada para tal conquista, poupe o esforço. Haverá outras ocasiões para empenhar-se.
Por isso, a forma como se percebe algo é determinante. Ao interpretar o que está se passando, por vezes, temos instantes para decidir como agir. Ou não agir.
Já vi dizerem que a inteligência é a rapidez em ver as coisas como são. Isso é uma parte da inteligência.
Reforço a frase de Sócrates, conhece a ti mesmo. Pois será desta forma, que o discernimento lhe mostrará o caminho correto. Não há regra básica para o caminho que deve ser trilhado por alguém. Pois o caminho refere-se a individualidade. E esta não limita-se às regras por outro descritas.
O que precisamos para saber o caminho está em nós. A forma de amadurecer a consciência é particular, mas  amadurece-la é para todos. Sim, mas uns levarão muito mais tempo. Enquanto outros, sequer chegarão a este estágio.
Tudo o que você precisa já está ai. Basta buscar-se. E então, o auto conhecimento florecerá, o prisma da consciência alvorecerá, o discernimento será ornamento precioso da tuas frontes. E estas junto ao teu pensamento desmitificarão os deslumbres cotidianos, facilitando assim, a escolha de onde empenhar as energias.
Lembre-se de que pensamento é valiosa energia. A mente perturbada emite essas ondas vibratórias de maneira difusa. Ocasionando, então, uma intensidade muito baixa em cada uma das ondas.
Entretanto, quando o pensamento está concentrado, encontra a fortaleza em si mesmo. E por saber consciente o que deseja, seus esforços garantirão a conquista. Pois o objeto do desejo está recebendo toda a conjunção de energias. E não há desgastes com o desnecessário.
E então, o que você tem visto? Como tem visto?

Um pouco de nós

O auto conhecimento percorre trilhas inimagináveis justamente por serem internas. A grande parte dos medos repousa no íntimo de cada um. Aquele que permanece destemido diante de si mesmo vencerá no mundo, pois não desestabiliza-se para fora de si. Porém, aquele em que o medo de si mesmo se sobrepor, verá em tudo razão para temer.
Portanto, tranquiliza-te diante das emoções mais intensas, não permite que teu coração entre em turbolência diante das impressões que te ocorrem. Mesmo que realistas são apenas impressões. Busca na temperança o teu esteio e no bom senso o teu caminho. Assim, teu espírito será lúcido e o auto conhecemento será tua trilha mais bonita.

Pesos e Medidas

E pra começo de conversa, o que importa tanto?
Porque isso faz tanta diferença?
Sofremos demais por coisas geralmente fora do nosso alcance. Sempre sofremos por querer o que está além das possibilidades.
E será que importa tanto para tirar a paz? Será que ainda não sabemos o que temos em nós, para nos bastarmos? Tenho a impressão de que os mais felizes são os que se dão conta disso. Independentemente de condição financeira ou qualquer outra distinção.
Existe muito por descobrir em nós e quando encontra-se o equilibro, a paz de espírito vem naturalmente. Todas as agitações de espírito trazem a insatisfação e a ansiedade.
E por fim, o que importa tanto? Do que se enchem os olhos pra brotarem lágrimas?
O que te importa tanto?

De quem é a sua cabeça?

O ser humano é um animal social. Dizem. Até realmente parece ser. Mas por que, então, é tão difícil conviver? Alguém tem alguma sugestão?
Percebo em alguns um prazer de mandar. Não auxiliar, mas Mandar. Passar por cima. E não conheci nenhum destes que preservasse o prazer da convivência. Sim, prazer em conviver. É muito mais saboroso um almoço acompanhado. É muito mais empolgante uma partida de futebol com mais gente em volta.
Divaldo Pereira Franco, em sua mais recente palestra aqui em Torres, usou uma frase genial. Próprio de Divaldo algo assim. "O solitário, não é solidário. E o solidário não é solitário".
No Evangelho segundo o Espiritismo, um dos textos nos esclarece com uma menção ainda atual: "Quantos podem dizer que mandam e são obedecidos sem saber que poderiam acrescer que também são odiados?" Adoro boas frases terminadas em perguntas. "A dúvida é a ante-sala da sabedoria, dizia o mestre da poesia Armando Nogueira. E se ao invés de você impor, você sugerir, não parecerá arrogante, será engenhoso.
Entendam que isso não é uma rebelião contra as hierarquias. Não sou muito a favor delas. Mas algumas são necessárias.
Digo algumas porque Chico Xavier ou Bezerra de Menezes nunca se colocaram acima de outros trabalhadores. Logo, as figurar religiosas ou que administram ambientes com esta função não estão acima de ninguém.
Que o ser humano tem uma tendência a dominar, talvez, seja natural. Mas confesso que me perturba ver pessoas que fazem algo por uma questão de que "é assim e pronto".
É o supras-sumo do paradigma. Elimina-se o raciocínio e o indivíduo segue fazendo. Nada mais que um pau mandado.  E experimente contraria-lo. Não recomendo. Ele está a serviço de sua religião pessoal. O mistério da fé é sua arma e ele vai atingir-te se for necessário. Por necessário entenda se você o fizer pensar. Cuidado. Tem muitos destes malucos por aí.
Por que você gosta de comer isso?
Por que você come nesta hora?
Por que você assiste a este programa na tv?
Por que crê que esta seja a vida que você merece?
A contradição desta questão é que sempre me perguntam porque sou vegetariano. Ninguém se pergunta os seus motivos. Mas os do outro são estranhos.
Quer ser alguém na vida? Seja Você! Quer cuidar de uma vida? Deus lhe deu uma justamente pra isso.
Cuide de si e já será o suficiente para um mundo melhor. A atmosfera a sua volta terá uma vibração melhor.
Perguntaram ao Osho como podemos ser nós mesmos. Ele, inteligentemente, respondeu com outra pergunta: "Como podemos ser outra pessoa?"
Jesus disse que a felicidade não é deste mundo. Mas de que mundo que estavam falando? Que situação era essa? Tenho certeza de que Jesus estava se referindo ao mundo externo. A felicidade é uma conquista interior. Não exterior. 
Mas será que interessa aos lideres que a maioria saiba disso? Como liderar uma porção de ser humanos diferentes uns dos outros? Por isso a padronização, o modismo, as receitas de comportamento. E experimente contrariar o movimento da maioria. Você descobrirá a inquisição das igrejas atuais. Eles não tem prazer em conviver. São como bengalas psicológicas uns dos outros. Se apóiam no grupo.
Penso que na hierarquia, quem deve estar em cima é a cabeça. A nossa cabeça. Não por acaso ela está acima de todo o corpo.
Siga a sua cabeça. Seja você. Os contrariados virão. Sua presença já bastará como ofensa a igreja dos Seja Assim-Assado. Eles cantarão seu hino com algo que sempre será: "Eu não sei, sempre foi assim por aqui". Você não será feliz no meio deles. Mesmo que ame alguns deles. Mas a felicidade não é deste mundo.
Então seja você. Aí, sim. Porque é deste mundo, a felicidade.

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