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Com sequências e consequências

Pra me recompor foi preciso tempo. Tempo pra mim, tempo pra vida acontecer, tem pra não escrever. Pra pôr a casa em ordem foi rápido. Eu estava recomposto. Re-composto, nova composição. Novos nutrientes. Novos passos seguem, Novos horizontes se aproximam. Tudo vira tão novo. Por onde ando? Nos mesmos lugares. O que eu enxergo? O que antes me era invisível.
Somos o que consumimos e o que escolhemos. E somos um monte de coisas mais. Somos tanto. E o que vemos? Vemos?
Somos, viemos e vamos. Somamos.
Quando as canções no violão me parecem todas iguais, procuro uma escala que não conheço. Sei tão poucas. Elas renovam o braço do violão. O braço do violão me parece o trilho de trem. Sempre com um novo horizonte sonoro.
Nutro o violão das mesmas notas. Com sequências diferentes. É só o meu violão. Sou eu ainda. Mas re-composto.
São notas, são trilhos, são nutrientes, tempo e novos ares. Pra renovar mergulhamos ou voamos? As vezes uma coisa leva a outra. Pra ter novas forças pode ser preciso exaurir-se.
Em uma das piscinas populares, Sócrates com apenas os pés sob a água, foi questionado debochadamente sobre como ser um sábio, por um homem com o corpo todo dentro da piscina. Sócrates  segurou a cabeça do homem sob a água por tempo suficiente para que ele se debatesse tentando desesperadamente emergir. Quando o soltou disse ao debochado ofegante: "quando procurares o conhecimento, como procuraste o ar lá em baixo, aí sim serás um sábio."
Os "nutrientes" estão aí.  Procure-os. Sirva-se à vontade. Recomponha-se.

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