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Convém ser.

Esperar convencer é uma tolice maior do que esperar reconhecimento ou um favor. É de sabedoria popular o conhecimento de que tanto faz o que os outros acham. Que não se deve ligar para o que dizem.
E é melhor quando esta idéia torna-se postura. E isso se dá não quando não se importa com a opinião alheia, mas quando não se quer muda-la. Tanto faz o que o outro pense. Desde que pense. E se pensa respeita o outro que pensa diferente.
Defendo a idéia de que as reformas que os luteros da vida queriam passar não tinham a menor intenção de virar violência. Eles jamais iriam propor algo do tipo. Homens assim não tem a intenção de afligir os ânimos. Por isso eu creio que uma idéia começa a estar certa quando não se propõe a modificar os outros, e sim, quando quem nela crê se modifica. E a parte melhor de todas. Respeita a quem agir diferente.
Isso me faz pensar que eu estou aqui escrevendo. Eu faço isso porque eu realmente gosto de fazê-lo. Não tenho qualquer intenção de agradar ou desagradar quem quer que seja. É um universo a parte. Eu gosto de escrever. Sabe por quê? Engraçado, nem eu. Mas escrevo. Escrevo e tanto faz o que pensarem a partir disso porque é um mundo a parte que não me diz respeito, que eu não tenho nada a ver com isso. Quando alguém compõe o pensamento e comenta com continuidade é bom porque o meu pensamento vai adiante e retorna-me vivificado. Se discordarem comigo eu vejo o reflexo dele. E tanto faz se alguém mudou de opinião ou não, desde que tenha refletido. Mas chega desta tecla gasta. Quero enfocar no ponto central, ou o que eu queria que fosse o central: não espere mudar o  outro, não espere por sua mudança. As reencarnações estão aí para que a evolução seja continua. Esta lei evolutiva está disponível a todos então não enche o saco e deixa o bicho.
Vale mais a firmeza nos propósitos do que as palavras que deslumbram a quantos forem. Se não fosse assim, nossos políticos já teriam feito maravilhas. Esta é a fonte de uma paz com autoestima e autoconfiança, ser e não convencer. Dá até um trocadilho, não convém+ser.
Com a clareza de que viver, experimentar o que se crê é maior do que argumentar a respeito (até porque geralmente quem fala muito quer se ouvir, se justificar para aceitar-se). Viver o que se acredita e não encher o saco do outro com isso. É uma das minhas visões de paz. Se alguém discorda comigo eu não tenho nada a ver com isso.

Fragilidade.

Se o teu ego ao ser elogiado infla, mostra a tua fraqueza. Assim como se tua pobreza de espírito se revolta diante das contrariedades que deverias dar de ombros.
Se o fazes para agradar, se ao discordarem contigo turba-se o teu coração, ainda és infante criatura sem saber o que realmente vale nesta vida.

Descontextualizando.

Fui ver minha timeline. Há tempos não fazia isso. E foi uma surpresa!
Quem diria (que ironia) encontrei frases excelentes que eu nem lembrava e ainda  me fizeram pensar que não tenho autoria sobre elas.
Minha biografia virtual, numa tradução livre pra coisa, fala mais de outras pessoas do que de mim. Ilustra algumas coisas com imagens frases. Talvez ilustre algum estado de espírito ou qualquer coisa assim. Tá tudo ali me add e lê. Não se pode dizer que a timeline é um livro aberto pq só tenho uma página na internet. Uma coisa em comum entre esta linha de publicação com as publicações de papel é que gosto de ler do fim pro começo. Não é pra estragar a graça do enredo. É pra catar frases e palavras. Acho que elas ficam melhor descontextualizadas. Depois vou pro meio e aí sim para o início e, enfim(?), começar a ler. Eu poderia ser o diretor dos programas de tv do João Kleber.
Na linha do tempo fica exposta muita coisa. Algumas ficam superexpostas nas entrelinhas. Outras ficam escondidas e querendo ser vistas. A gentes só não sabe que coisas são estas.

Silêncio Mágico

E quando é preciso das respostas prontas e rápidas, elas somem. E n'algumas horas de muitas palavras no meu silêncio as respostas prontas e rápidas vem. As palavras que nos esclarecem também nos confundem e fundem lógicas enganosas à crenças venenosas que tomamos por verdades. Estas verdades perdem brilho e se resguardam em cantos inconscientes. Ficam lá e em silêncio.
Não é preciso dizer mais nada a respeito. Da mente ao corpo é só um momento e dali ao destino desavisado é só uma consequência.
E todo este ciclo começa dada a importância que recebeu o irrelevante dito ou ocorrido. Algo que poderia ter passado sem ser percebido. E já foi.
Encarando a ilusão da ótica de uma necessidade das palavras e respostas prontas, elas talvez jazem por sua desnecessidades. Ao que responder se não é tão importante? Som algum pode demover o que foi promulgado com ênfase ainda que nada signifique. Pois que paire no ar e dure o instante da velocidade do som. Mas que não seja registrado em lugar algum. É um arquivo viral em forma de som.
Resguarda-te no teu silêncio e seja ele o teu abrigo. Há tanta coisa a ser dita quando as palavras não fazem sentido. E quando nada é necessário o supérfluo torna-se ainda mais atraente. Silenciar diverge do calar. Ao calar algo devia ser dito. Ao silenciar compreendeu-se a situação e sabe-se que pouco ou para coisa alguma serviriam as palavras.
Sair em silêncio pode ser a melhor resposta.

Algo de nós que fica.


“O que traz consigo?
Com quem vai deixar?”
- Onde você vai estar -


Há quem viva em buscas permanentes. Em constantes perseguições e peregrinações atrás de alguma coisa. São formas de coleções. Colecionar coisas, adquirir. Aquisições preciosas para sua auto-afirmação, auto ilusão ou uma tentativa desesperada de sair ganhando de algum jeito freqüentando um lugar, convivendo com alguém. Seja o que for, é só mais um algo.
Sem que se faça notar a areia muda de lugar na ampulheta  em escala cósmica e os hábitos constroem destinos destituídos de uma conquista maior. Uma conquista satisfatória. O novo não supre a necessidade. Nem um lampejo de paz à alma encarcerada na masmorra da repetição insciente e inconseqüente.
Certa feita  percebi que normalmente é confundida uma canção reflexiva com uma canção triste. Dizem “esta me deixa muito pra baixo”. É natural. A introspecção é um espelho emocional que não permite  mediadores. E na fuga de si mesmo, embalos e balelas são cúmplices de uma morbidade intelectual  desajustada da busca de alegria. Alegria esta confundida com qualquer coisa que não faça pensar.
A melhor forma de termos algo bom para nos lembrar é a satisfação de saber que deixamos alguém, ou alguma situação, melhor do que antes da nossa chegada. Basta enumerar às ocasiões em que fizeram isso por nós. Esta sensação de utilidade preenche. Esta sensação, enfim, satisfaz. A busca perde a importância diante da doação. A doação de si, de sua paz, de sua presença, carinho, dedicação e blablablá. Você já sabe disso.
Ao nos vigiarmos para saber o que estamos levando aos outros teremos de buscar algo novo e externo. Provavelmente acima de nós mesmos. E será uma conquista maior. Que nos fará maiores. Aí sim, uma vitória que satisfaz.

O que a vida faz

Uma noite dessas saí sem o celular. Cheguei antes em um compromisso e ia ligar o mp3 no celular. Ele não estava lá.
Tive de pensar em outra opção. Fui ver o mar, havia tempo que não fazia isso. E me fui!
Ao chegar lá vi que a lua estava especialmente linda! Não é dificil imaginar. Aquele luar sobre as ondas. A brisa na noite quente. O mar quase negro e a lua muito prateada. Que imagem! Que foto! Grande ideia! Mas não levei o celular. E ficou fotografado na retina. Em um lugar sem digitalização nenhuma. Mas com muitos arquivos...
Não tirei nada dali, mas ganhei muito. Sai incompleto de arquivos, mas numa plenitude sedenta por mais lua, por mais mar. E eu não precisava de mais nada.
Como conversado com a Angela, ou Anja Psi no facebook, a fotografia ficou eterna na retina, na memória. Ela estava lendo um livro em que isso era mencionado e eu lhe falei que Lindolf Bell também traz esta ideia. O Mundo das Ideias se apresenta em diversas formas para espargir suas linhas e tramas de raciocíneo em vários lugares. A cada um chega de um jeito ou seriam coisas diferentes que entendemos da mesma forma?
Outra sensação que tive ao sair sem o telefone é que o acaso ganha mais possibilidades. Se não marcar de encontrar alguém, é uma surpresa dar de cara com um amigo na esquina. Mas eu não encontrei. E foi legal do mesmo modo.
Aí me ocorre a diferença do que a vida faz e o que a gente faz. O que a vida faz é muito maior que o nosso alcance. O que fazemos é sempre menor que nós mesmos. As vezes plantamos a semente. Ela cresce e se torna maior do que quem a plantou. Mas foi a vida que lhe fez crescer. Semear é a atitude que a dimensão do ser humano permite. Não lhe é possível fazer mais do que preservar o que foi semeado. Para continuar existindo a possibilidade do desenvolvimento da semente a vida tem que acontecer em uma combinação de fatos. Isso faz da semente sempre menor que o fruto. Por isso se deve semear.
Semear e preservar. E se for por vontade vontade divina, a vida desenvolverá.


Com ou sem o celular.

Com as cartas na mesa.

A escolha mais fácil faz da gente menor. Escolher assumir os riscos deixa tudo mais emocionante. E se não der certo, cabe assumir a responsabilidade. E sem se culpar.
Já nos afastamos demais, e de pessoas demais, porque preferir a responsa do que aconteceu conosco é barra pesada demais para continuar com a cabeça erguida.
E o que nos faz grandes é justamente aceitar o que é. Sem conexões. Sem transferências.
Quando chega a hora dos panos quentes é porque tem coisa errada. Melhor é chutar o pau da barraca e que caiam os panos quentes. 
Talvez este seja o grande exemplo em comum dos grandes humanos. Saber no que crer e tocar o barco.
É tocar a vida sabendo o que é real. E jogar com as cartas que se tem sem fazer delas um castelo frágil.
Enquanto for mais fácil fechar os olhos para acreditar, será mantido a mentira a ser vivida. E esta mentira vai cair fora tão logo a questão vir à luz. 
Há coisas que nascem e morrem. E justamente porque estas provêm de nós. Estas egressam e regressam ao seu criador. Nascem e morrem. E findam-se quando postas a luz do entendimento.  Até lá perdura o ciclo que envolve o indivíduo que não permite que este possa amadurecer certas características

Não é que alivie a barra que se tem pra carregar. O que acontece é que com o entendimento a mente clareia e a coragem se fortalece.


A escolha mais difícil pode ser a melhor a fazer.

Meio Ambiente - Responsabilidade Meio a Meio.

Gosto destas datas simbólicas. Elas nos fazem pensar, pelo menos por um dia, em determinada questão. Mesmo que a presidente faça a escolha errada (modificar) o código agrário, digo, ambiental, mesmo que eu e você não fechemos a torneira enquanto escovamos os dentes, nos traz a lembrança de uma causa importante.
Como biólogo e especialista na área eu afirmo o óbvio: não dá pra viver sem ele. Hehehe!
Mas o que não é tão óbvio está na nossa cara, ao alcance dos olhos mas distante da percepção. Vimos diariamente prédios serem construídos e viva o progresso (!) numa escala industrial em que cada cidade não cicatriza as suas feridas causadas por tamanhos danos.
Experimente algum biólogo dizer que em seu estudo de impacto ambiental (EIA) que a edificação não é possível. Calculando os danos ambientais, poucas obras são realmente benéficas à cidade. E não voltaríamos à idade da pedra por regularizar as construções. Apenas faríamos de uma forma sustentável.
Em meio a tanta grana (a engrenagem capital) o que faz mais falta é a educação ambiental. Não é de se surpreender já que nosso país é carente de toda forma de educação. Educação para a construção civil, para a reciclagem, para o mau uso da energia elétrica e para você e eu enquanto tomamos banho e escovamos os dentes. Separados, é lógico.
Já se fala em sensibilidade ambiental, como em consciência, economia e outras tantas. O meio ambiente está diretamente relacionado a saúde, a economia, a educação e sobrevivência. E cuidado, nós erramos muito com o meio ambiente e só temos um planeta.

Sem meias palavras.

Em alguns momentos tem que ser. Em algumas ocasiões, deixa vir. Há vivências de que não podemos nos furtar. Pode ser que seja duro, doa, doa muito. E será complicado de se recuperar.
É justamente nessas horas que mostramos, a nós mesmos, do que somos feitos. Sem essa de sacrifício voluntário. Mas de partir sem receio para a luta. Com a coragem de quem sabe q a hora certa vai chegar. É aguentando o frio da situação ou o calor da batalha que nos faz mais fortes.
E depois, como que saindo do casulo e fortalecendo as asas, o que sentiremos por nós mesmos é diferente.
A luta nos dá mais motivação. Encarar de frente pode exigir todas as fibras e folego. Mas vale a pena.
Força Sempre.

Pode até ser, mas estou pronto pra mais uma.

Por vezes a correria salvadora nos faz perder a noção das distâncias. Aforismo à fora, é por aí. É por demais importante correr pra dar conta do recado e intensidade num momento pode decidir qual o caminho se pode seguir, não apenas o caminho que se deseja.
Mas ultimamente a continuidade tem me intrigado. Certas coisas que não persistimos com a dedicação poderíamos ter outro desempenho caso houvesse continuidade nos esforços. Visualizo, planejo e desisto, às vezes rápido demais. Já li que o normal é ter impaciência se o elevador demorar mais de 15 segundos.
Creio que a insistência deva estar relacionada a humildade. Pois apenas unidas, estas podem prevalecer diante do que é aparentemente inviável.
Nossos hábitos mais peculiares talvez tenham décadas nas nossas vidas. O que é bom.
Dizem que quando jovens adoramos começar coisas e depois de mais experientes começamos muito menos coisas. Mas terminamos a maioria.
Persistir pode até parecer burrice. Mas pode ser, também, o exercício que levará ao acerto.