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Arrependimento mata?

Mudar a forma de pensar é um privilégio dos pensantes. Quem se joga ao acaso, culpa o destino. Mas é apenas inconsequência ou insegurança de decidir por si algo que é apenas de sua responsabilidade. Isso gera desconfortos e desajustes emocionais rapidamente. O arrependimento é um deles. Mas me refiro ao arrependimento porque ele é bom. Comumente confundido com remorso, arrepender-se é mudar a postura mental diante de uma idéia. Ser inteligente não basta é preciso ser pensante.
O arrependimento é uma conclusão da percepção da dor alheia. Amadurece, então, uma nova idéia a respeito de sua própria atitude. Postule sua autonomia revendo seus conceitos e assumindo suas responsabilidades para com seu destino. Ao pedir um conselho, pode existir uma boa intenção do conselheiro,mas o livre arbítrio reserva as consequências somente a quem agiu.
Gosto do arrependimento, ele é repensar. E só quando um homem sabe o que quer ele pode repensar, senão torna-se um tolo guiado por sua teimosia. Ser líder, serve para escolher os próprios passos, já que ninguém tem poder de escolha sobre o outro.
A bíblia, esta poética obra literária, retrata em duas ocasiões a diferença entre arrepender-se e remoer-se. Judas, atribuído como traidor e eu tenho lá minhas dúvidas, por remorso ceifou a sua vida. Já em outros personagens, o arrependimento mudou sua conduta. Como Pedro, Saulo/Paulo, o ladrão crucificado entre outros.
Portanto, se é pra se arrepender, muda de atitude. E não enche o saco com "eu quero, mas é dificil" ou "eu sou assim".
Ah! Respondendo ai título, arrependimento não mata, quem mata é o remorso.
Tô no twitter: @rodrigojoelrs
Abraço.

Um livro, uma árvore e um filho

Por certo que sonhamos com obras faraônicas, onde somos os heróis daquela bem aventurada criação. Temos os ensejos de nos idealizar nestes planos deslumbrantes de satisfação. Todavia, os maiores planos e construções que podemos realizar transcendem a nossa vida orgânica. Ensurdecidos pelos aplausos que recebemos nos deixamos levar pela sensação de sucesso imediato, que não obstante, são efêmeros demais pra nossa autoestima.
As maiores obras não tem reconhecimentos em vida, os maiores planos transcendem os nossos dias na terra e seguem adiante como um livro, uma árvore e um filho que criamos.
Então se criamos ou preparamos algo que mesmo em vida não iremos desfrutar, isso pode não ter demasiado valor. Pode sim, ser à benefício dos outros.
Ainda que não companhamos uma Nona Sinfonia, mas que criemos bons frutos. Estes modestos como nosso envergadora intelectual, espiritual e outros "al"s. Mas sempre em mente que a semente é menor que seu fruto. Não pense em sua obra como uma realização para colher depois. Entenda que você saiu a semear e sinta-se feliz por isso.
A semente é menor que o fruto. E se você semear com alegria, que bons frutos virâo?

A utilidade do que não está lá

Os rótulos que cismamos em pôr nas pessoas, sentimentos e situações poucas vezes tem sentido. Quanto mais se agride ou se repulsa o que julgamos ser o inverso da nossa posição, é apenas para autoafirmar-se. Geralmente, com desconhecimento de causa.Sei que é complicado despir-se das nossas achologias e analisar sem preconceitos. Mas com inteligência crua podemos ver o que realmente há ali. Quando envolvemos o emocional numa área intelectual, não haverá conclusão justa.Entre tantas idéias que envolvemos os achômetros, as distinções entre nós e o próximo sempre me chamam a atenção. Pois os rótulos mais severos são postos em gente e por bobagens.
 Tenho encontrado em textos do Tao a compreensão sobre vida. O Tao é o caminho da virtude, da espontaneidade natural. O Tao fala no agir pelo não agir, uma forma de paz diferente do qual estamos acostumados a entender. "Domina-se o mundo deixando as coisas seguirem o seu curso.'' Abrindo-se ao novo sem preceitos, preconceitos, mandamentos e, melhor, se for sem medo.
O Tao pode ser útil à nós ocidentais. basta ler sem rotula-lo. 

Retrovisor ou Futuro?

Um medo pelo que já aconteceu
Uma fobia de encontrar o que já foi
Medo do passado
Forte o suficiente para cegar o futuro

O medo e o amor não coexistem
O amor quer a vida, a liberdade.
E conquista o prazer a passos largos
O medo só faz recuar

Ao conviver com o medo nem a paz é possível
Tudo assusta e jaz a tranquilidade
Qual a importância do medo? Até onde ele vai?

Ao conviver com o amor, vem a paz do impossível
Tu degustas e faz a tranquilidade
Qual a importância do amor? É ir onde ele vai.

E sem esquecer

"E os fins justificam os meios quando os princípios ficam pra trás." Este é um dos versos de uma canção minha, chamada E sem esquecer. E sem esquecer porque levo meus princípios comigo. Levo-os e semeio-os em cada passo meu. É uma escolha difícil, pois a lei de conveniência nem sempre estará ao meu lado. Trás consequências, contrariedades e consciência tranquila. Esta última me basta.
Viver com a consciência tranquila é, segundo Sócrates, a única forma de alcançar a felicidade. O pesar não permite a alegria. O que dirá a felicidade.
Não saber o que fazer pode ser uma certeza. Porém, com princípios bem claros, a resposta não demora a vir.
"A borboleta bate as asas e o vento vira violência", é a leia do caos. Mas mesmo no caos, os princípios são norteadores. Então, seja no caos do bater de asas ou da ventania, não uso os fins como álibi para os meios.
Vão duvidar de você. Vão tirar sarro. Vão questionar sua reputação. Mas ninguém tem o controle da sua paz.