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E por que não dançar?

De onde temos a necessidade dos números? Por que tantos a nossa volta? Os convívios sociais e casuais são uma necessidade humana, bem como a intimidade. Neste equilíbrio entre o que é externo e o que fica dentro do lar, há o que pode ser comum aos dois com particularidades diferenciadas. Mesmo o que é bom sair para fazer pode ter um modo "nosso, só nosso". A nossa individualidade se externada completamente nos faz perder o prazer das pequenas coisas. O íntimo precisa do seu espaço, seus momentos e sua atenção porque é ele quem nutre as reações cotidianas da vida social. O semblante, a entonação de voz e o ânimo da convivência que oferecemos aos próximos e por conseqüência aos distantes  são modulados nos pensamentos anteriores ao descanso e ao sono físico que a reestruturação fisiológica.
São estes momentos de interiorização que devolvem ao ser humano sua capacidade de contato consigo mesmo. E se há contato consigo mesmo haverá contato com deus. O contato verdadeiro consigo traz a disposição da busca pelo melhor de si e este leva a deus.
Quando chegada a hora do entendimento de ser emocional e não apenas ter emoções, a intelectualidade aceitará o que antes parecia, e perecia, ilógico. Quando alguém reage alegremente cantarolando pela via pública a maioria silenciosa reage com estranheza. Penso que estranho é estranhar a alegria. E a alegria de quem repreende com essa estranheza onde foi parar? Parou em algum lugar lá atrás e não foi sequer percebido. Viva a vivacidade!
É preciso inteligência para que o emocional esteja equilibrado tanto quanto é preciso educação emocional para que a intelectualidade esteja saudável.  Os hemisférios cerebrais têm estreita relação com uma série de características. O hemisfério direito é vinculado a criatividade, às arts, intuição, à seguir novos caminhos. O esquerdo por sua vez é atrelado ao lógico, analítico, às memórias entre outros. É natural agir mais por um grupo de características que por outro. Por um hemisfério que por outro. E na busca do equilíbrio cabe realizar atividades que exercitem o lado menos utilizado. A individualidade está margeada por estas características. Seja em qual hemisfério tiver mais afinidade. Mas com a prática é natural o desenvolvimento de ambas.
Aceitar ser emocional e não apenas ter emoções nos torna menos previsíveis. Isso é ótimo. Se alguém torna-se parte da massificada maioria é pobre de espírito. Faz-se então necessário buscar a si mesmo. E como parte do processo natural, a busca de si mesmo conduz a deus.
Então, quando o intelectual não for repressor e aceitar a liberdade emocional. Será compreensível até mesmo dançar em casa. Até mesmo sem uma canção audível à todos. Há canções internas. E esses ritmos moverão o embalo do corpo que relaxa continuamente em agitação. É uma forma de meditação ativa. 
Dance nas festas e dance em casa. Esteja consciente de si nas diversões. Dê intensidade aos momentos sem o semblante pesar sobre os ombros posteriormente. Dê atenção ao raciocínio. Não entenda que enlouquecer como criatura impensante  seja liberar-se. Isso é para os muito reprimidos. Muito reprimidos mesmo. Seres que não se suportam a luz da razão. E fazer da razão sua graça, sua canção, liga em uma atitude características dos dois hemisférios cerebrais. Raciocinar com sensibilidade. Sentir com a razão. E por que não dançar?

Inspiração Tranquila

Numa noite vazia no meu mundo virtual o sono não deitou sua mão sobre meu semblante. Minhas idéias geralmente fervilham antes de minha taça de inspiração transbordar e derramar a essência do que me inquietou. No twitter, a @carinalila disse se inquietar com a idéia de inspiração, quando lhe perguntei se existe inspiração tranquila. 
Minha tranquilidade hoje chegou ao ponto de me perturbar. Mesmo com um circo pegando fogo, me achava em paz. Não pretendo fazer deste post um relato. Acho isso um saco. Mas inspiração tranquila é curioso. Imagino homens como Chico Xavier, Isaac Newton, Allan Kardec, entre outros tantos, trabalhando dias a fio. Como se concentravam tanto? Talvez seja como me disse o @joaopetrillo hoje, é importante manter o foco. Não deixar-se dispersar. Desta forma, creio eu, a atenção, a força criativa e o pensamento não são desperdiçados. O pensamento, energia com força motriz de proporções até agora  desconhecidas, quando canalizado conquista o improvável. E @joaopetrillo disse ter assistido no filme O Segredo que devemos nos concentrar para pequenas questões também, como mentalizar o que se quer para a semana ou para em breve. Belas Palavras Mágicas as dele.
Outras ponderações de @joaopetrillo estão no http://arterandovomitos.blogspot.com/ . Já mencionadas em outro texto aqui no PM.
Talvez a concentração traga uma inspiração tranquila. Como o talento lapidado de um artista. Entendo assim, para se improvisar com qualidade é preciso saber do assunto. Quando se domina este assunto, ou técnica no caso de um artista, o improviso sai melhor, mais embasado. E sentindo-se mais seguro de si, o artista pode improvisar com inspirações repentinas tranquilamente.
Ao estudar música se fala muito em improviso de solos. Mas já é feito um estudo sobre as escalas com antecedência. Quanto melhor o estudo, melhor o solo. Provavelmente.
Esta linha de raciocínio pode ser aplicada a profissão, a relações interpessoais e demais coisas da vida. Pois que não temos como prever uma jornada de inicio a fim. Podemos, sim, nos preparar com alguma precaução para o que desejamos cumprir. 
Imagine fazer um plano. Vai ser necessário isso, aquilo, depois pego tal coisa, em tal lugar é assim, etc. Só que tudo pode mudar repentinamente. O que se entende por "plano"? A superfície de uma  mesa é plana. Plano é uma forma de assegurar que a segurança da jornada esteja garantida. Por isso tem de ser reto, liso. Tudo conforme o previsto.
Mas a vida é cheia de altos e baixos. E só podemos adaptar os planos à vida, não há como adaptar a vida aos planos. A vida não espera até que estejamos prontos. Ela acontece. 
Vou usar uma metáfora. A vida é a base, o alicerce. É feito um plano. Colocado o plano sobre a vida, quem fez este plano começa sua jornada sobre o plano. Está tudo liso, fácil de passar por ali. Mas a vida com seus altos e baixos, move-se. E o plano posto sobre a vida tem de se adaptar. Logo o plano está cheio de altos e baixos, não funciona como o previsto. Surgiram imprevistos. E é descartado. O que está errado? O plano? Foi erro de cálculo? Não. Apenas a vida não permite estes "planos".
Para quem pensa que planos são necessários, basta lembrar que raros dão certo. Porque não pode-se prever tudo, são fatores demais a serem contabilizados. E se der certo, o fator sorte influenciou. Crer que o plano resolverá o que surgir a frente é uma ilusão para dar a sensação de segurança. Neste ponto gosto de lembrar uma poesia atribuída a Shakespeare, em que num dos versos diz:
"E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã  é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão".
A metáfora de planos-altos e baixos também cabe aqui.
Quero dizer o seguinte: prepare-se! Não planeje demais, não ponha suas fichas no futuro, não lamente que o momento ainda não é o que se deseja. E persista! Concentre-se! 
A segurança que desejamos sentir só pode ser verdadeira se partir de si mesmo, não de uma estratagema. 
Aí poderemos ter inspirações tranqüilas como os grandes seres humanos que mencionei.
Um dia eu chego lá. No meu caso é láááááá! Heheeh!

Mas sem planos. E você?

Lenha na fogueira ou água na fervura?

Hoje conversando com a Clau, disse-lhe que aqui no Palavras Mágicas há temas ou expressões que parecem-me não caberem. Como se com os textos, com as Magas e Magos que seguem o blog e deixam seus bons comentários dessem uma série de características ao ambiente virtual que os acolhe. Porém, as Palavras Mágicas não apenas se aplicam a entusiasmo e emoções. (Eu deveria ter perguntado se ela concorda).
De qualquer forma tentarei nas próximas linhas expressar uma idéia que há uns dias tem se agitado e agigantado na minha Panela Mágica das Idéias. É o seguinte, ou como diria há alguns anos: "Andrezão, tô com uma filosofia nova..."
Não podemos perder o DOM de se indignar. Não podemos ser indulgentes com o mal que nos cerca. Emmanuel nos esclarece que o bem é uma virtude ativa. Portanto cruzar os braços diante do que nos incomoda não é resignação. É aceitação do ináceitável. Não espere cansar do incomodo, mova-se.
A palavra resignação é muito bonita e mal interpretada. Seu significado é uma aula de vida. re = novo, sign = vem de significado. E o sufixo ção é de ação. Ou seja, ação de dar novo significado.
Acredito que a indignação deve ser bem direcionada. Ela pode mobilizar muita energia. Direcionar esta força com inteligência é altamente benéfico. Imaginem o que somos capazes de fazer com tamanha força. Sempre queremos, mas nem sempre com a força de vontade adequada. Se concentrar o pensamento esta poderosa energia em vez de espargir direciona-se. Se usar a indignação, move-se montanhas. Não deixe pra trás, não deixe pra depois. Não confunda bondade permissividade. Quem está sendo prejudicado deve mesmo buscar sua defesa. Parece tão óbvio, mas quantas pessoas desistem de uma ação judicial por seus direitos para não incomodarem-se?
Por fim, digo que esta energia da indignação não se deve utilizar-se somente nas coisas pequenas da vida. Como também em eleições e escolhas de canal de tv e manifestações por internet. Indigne-se!

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