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Um deus por dentro

Liberdade? De que e para quê? Onde está nossa vontade de viver? Provavelmente escondida atrás do medo. Dos medos. Medos de gritar. Gritar não como minha vizinha faz com seus filhos. Mas como o uso do pensamento em busca de ser ouvido e ter repercussões no mundo. No nosso mundo e no dos outros.
Geralmente fazemos parte desta massa, como diz o Zé Ramalho. E tocamos nossa vida de gado. Cegos a nós mesmos. E parafraseando Humberto Gessinger, a maioria silênciosa orgulhosa de não ter vontade de gritar, nada pra dizer. A morte anda tão viva, a vida anda pra trás. É a livre iniciativa de igualdade aos desiguais.
Deixamos que levem um pouco do nosso tempo, um pouco da nossa vida e morremos por dentro, na alma, na essência. De novo   Humberto: quem são eles, “quem eles pensam que são?”. Faz dias que penso nisso. O Osho parece cruel quando diz que a família é usada para manipular o individuo. Mas em partes concordo com ele, pois são as necessidades da família que fazem com que o individuo se cale. Se submeta a algo que anos antes, quando era uma vida individual ele se manifestasse.
E isso mata. Tira o sabor das coisas. Quantas vezes o alimento perde o sabor. O alimento, uma companhia ou a leitura. É fácil entregar-se a procura doentia de qualquer prazer e canalizar ali as frustrações do “rodo cotiano”. Em países desenvolvido é  habitual este comportamento. E nós como cordeiros ou co-ordeiros, seguimos a máquina que quem criou, o fez para si.
A vida está na essência, na alma. O corpo vai do pó ao pó. A alma não. A alma sobrevive. Na arte, a alma transparece, se expressa. E a alma se manifesta quando está inspirada. Quando como uma taça que transborda espalha inspiração. E inspiração vem do entusiasmo.
A palavra entusiasmo tem no seu significado original o sentido de “ um deus por dentro”. Lindo isso! Uma pessoa entusiasmada não se deixa levar pelas idéias dos outros. Tente demover um apaixonado. Ele não aceitará. Tornar-se-á ainda mais apaixonado. E só aceitamos que façam da gente um para-raios de frustrações, porque temos medos de usar a voz. Por isso tantos casos de amidalite.
Nos falta tempo. Nos falta espaço. Mas estamos vivos. Não basta viver e tocar os dias como quem vê a banda passar. Por favor, esqueça a idéia amaldiçoada do “deixa a vida me levar”, leve a vida. Do jeito que der, mas viva o que você quer lembrar depois. Ore, corra, cante, seja autentico.  O mundo precisa dos humanos de hoje. Por isso adoro os jovens de hoje. São menos condicionados que os das outras gerações. São manipuláveis por internet e status, mas eles tem muito mais coragem do que as gerações anteriores no que concerne a dizer o que é preciso em seu meio. Não todos, evidente e infelizmente.
Não estou aqui para lhe dizer como viver ou fazer a tua vida. Quero, ao contrário disso, que você comente e diga o que te faz viver. Se é tocar um violão antes de ir trabalhar ou construir um aeromodelo. Viva, diga, me fale. Fale ao mundo!
Este mundo precisa do deus dentro de ti. Precisa de entusiasmo. MOVA-SE! Tem que ser agora.





Abraço a todos os que mantem viva a chama do próprio coração.