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Por essência e princípios

Impressiona-me a quantidade de pessoas que dizem que tudo deu certo por acreditar num sonho. Será tão simples assim? Pessoas há que se expressam como se houvesse uma receita de bolo. Algo como é só ir até o fim do arco íris e pegar o pote de ouro. Pode não ser bem assim.
O caminho sob o arco íris deve ter um céu lindo. Sim, imagine o céu com algumas cores a mais e lhe apontando o caminho de um prêmio. É uma imagem mental adorável.
Mas antes do arco íris, a chuva. Quando nos prendemos as dificuldades o sonho parece impossível. Então, nossos planos mirabolantes dão mil voltas num contorcionismo alucinante pra tentar ir em frente sem perdas.  No boxe, um “esporte” primitivo (quem bater até o outro cair ganha, não me parece um esporte) tem um dito tão bonito, que contrasta com a modalidade. Todos tem um plano, até serem atingidos. É uma frase muito boa, ainda mais vindo deste “esporte”.
E o que me parece notável é o quanto nos esforçamos para chegar ao pote de ouro ilesos. Aliás, chegar ileso é uma boa idéia. O que deve se questionar é o que se entende por ileso. Porque sacrificamos tanto pelo caminho que o que perdemos pode valer mais que a conquista. Por uma série de ganhos secundários, utilizamos inconscientemente a psicossomática. Vale a pena adoentar se para um beneficio? É válido frisar que a saúde é comumente agredida pelo que consideramos num momento uma necessidade. Outro sacrifício é deixarmos de lado o convívio com pessoas amadas por não saber lidar com suas características. Somos flexíveis quando a condição nos traz uma vantagem. O que se deve questionar é, o que é realmente uma vantagem.
A principal vítima dos sacrifícios é a nossa individualidade. Que é posta pra escanteio num instante, quase sempre pela moldação da personalidade. Ali está ela, a máscara da personalidade! Mais fortalecida que a muralha da China. Por fora. Por dentro frágil como não se pode ser. Digo como não se pode ser porque há um modo de fragilidade que é bem vindo. As flores são frágeis e sua beleza está nisso, as crianças também são assim. Mas a fragilidade que não é conveniente é a que depende do mundo externo para manter a fortaleza que representa ser. Que aparentemente existe. 
Quando encontro pessoas assim eu me recordo de uma raça de cães, chamada bulldog inglês. Com sua fisionomia fechada e os dentes pra fora da boca ele consegue até mesmo atemorizar uma pessoa muito maior que ele. E esta pessoa pode afastar se dele com facilidade, pois ele não corre muito. E se esta pessoa afastar se dele, ele sentira uma tristeza, pois é um animal dócil. Basta toca lo para que ele se entregue aos carinhos. Aparentemente um animal perigoso, mas sua essência é doce.
Quem optar por alimentar sua máscara está de espírito armado para o que der e vier, e ai de quem esteja desarmado. Mas tudo isso é uma casca que sofre mais quem está ali dentro. Mesmo que cause transtornos à sua volta, ainda é mais infeliz que os outros. Se fica sempre um pouco de perfume nas mãos que oferecem rosas, o que fica nas mãos dos que oferecem aspereza?
Então segue a relação das vidas de faz de conta lado a lado. Num baile de máscaras que dura até chegar em casa exaurido de tanto acreditar que se é aquele fantoche improvisado com maquiagem social. Tudo isso para não aventurar se pelo caminho em que o outro perceba quem está a sua frente.
Barrigas crescem e o tempo passa. Estrutura se uma relação a dois desta forma. Dois que nunca se conhecem porque mostrar se como é pode afastar o ser amado. Este ser amado nem foi descoberto, nem aceito. Pode ser amado? Face a face duas personalidades. Escondidas, duas essências com medo de que sejam descobertas. Parece até uma relação com quatro pessoas. Eu sei que para ser verdadeiro é preciso estar disposto a ser julgado e condenado. Provavelmente até por pessoas amadas, mas a auto aceitação só tem quem realmente quer amar se.  Quando não se tem o auto amor,  a relação é o baile de máscaras seguindo os padrões dos amores de capa de revista, produzidos e descartáveis. Só a individualidade pode construir com tempo e intimidade.
Há os que dizem que os fins justificam os meios. Mas e os princípios? Onde estão nisso tudo?
Não se alcança a individualidade seguindo as leis da conveniência. É preciso por a essência acima disso. Se alguém lhe diz que passou o tempo e você ainda a conhece, é porque você conheceu a essência desta pessoa. Quando se entende alguém é porque consegue ver por dentro, não só por fora. E conseguir ver se por dentro é a liberdade. A liberdade sonhada, com uma águia voando com suas asas magníficas e abertas num céu azul. Uma paz. A paz da tranquilidade.
Creio ser este o tesouro ao fim do arco íris. A paz. A aceitação. Este é um processo doloroso porque teremos de quebrar inúmeros paradigmas, questionar certezas invioláveis e crenças que dali em diante não valerão nada. Se cairmos no meio deste processo, se nos sentirmos derrotados e a dor vier. É só parte do processo. Logo, o peso será carregável. Será possível caminhar com ele, mais que isso, você se divertirá com ele. Até que não seja mais um peso, até que seja apenas um instrumento que lhe educou. Uma viga pesada que lhe mantem a estrutura em pé. Que o fez mais forte. E você chamara isso de experiência. Ou dê o nome que quiser.
Na infância quando me questionavam como um gaúcho poderia ser vegetariano eu não tinha argumentos. Dizia apenas que considerava errado alimentar me de quem teve de morrer pra eu me servir. E eu sofria muito por me sentir questionado e ridicularizado. Hoje tendo o conhecimento da fisiologia e do processo de nutrição, acho graça daqueles que utilizam o argumento tradicionalista ou da necessidade de síntese proteica para se alimentar dos animais indefesos. Este é o meu pote de ouro no fim do arco íris. A autenticidade me permite hoje a paz comigo ser feliz com minha consciência. Pelo menos no caminho deste arco íris.
Há muitos caminhos e muitos arcos íris a serem trilhados. E todos eles serão conquistados com autenticidade. Isso é receita de bolo? Claro que não. É um caminho interno. Só se pode conhece lo percorrendo o. É uma luta individual. A caminho da individualidade. E da paz que ela traz.
Aí então, o que diserrem serão só murmúrios que mal chegarão aos seus ouvidos. O rumo do coração rapidamente mostra suas razões e tudo terá sentido. Lógica e sentimentos de mãos dadas. De mãos dadas contigo.
Ah! E eu estou ótimo sem ter comido carne.

Sem a Dimensão do Sagrado

Passo os dias passando de um lugar pra outro, entre uma coisa e outra e a tarde já foi. Milhões de coisas na cabeça, cada coisa com várias pessoas numa engrenagem em constante funcionamento. O que se percebe é o silêncio. Mas o visível aponta para o invisível. O semblante mudo é cercado por diversas possibilidades e diversos devaneios.
No fundo (dos meus pensamentos), muitas pessoas passaram o dia comigo. Pessoas que nem sabem disso, que não conhecem umas as outras estiveram aqui juntas. Meu jejum vocal não esquece o nome de nenhuma delas. Elas passam, repassam, umas continuam aqui e nenhuma sabe.
O que me traz outra questão. Por onde andei? Em que casa, pensamentos e dias terei eu andando? Como cidadão do mundo posso ter ido a qualquer lugar. Ou além deste mundo. Nossa casa é onde nosso coração está. Então, provavelmente nossa casa não tem alguns cômodos, e sim, um punhado de gente. Dispersamos o dia sem que eles saibam e nós não temos sequer idéia de quem pensou na gente e por quem fomos pensados.
E se não sabemos o quanto (nem se) alguém pensou em nós, imagine tratando de sentimento. Ninguém tem idéia do quanto é amado. Nem por quem.
O Chico Xavier dizia que rico é aquele que tem amor no coração dos outros. O que é amado. Mas se entende que quem tiver amor em si, possui também uma riqueza inestimável.
Como esta compreensão é rara,  segue o ciclo de desconhecimento amoroso. Sempre ouço dizerem que as atitudes valem mais que as palavras, porque as palavras podem não ser sinceras. Mas as atitudes também podem não ser. Por isso recomendo o dizer. Ninguém pode adivinhar o que queremos, nem podemos adivinhar o que os outros querem. Por isso a importância de expressar se por palavras Palavras Mágicas. Que podem abrir diálogos e caminhos para reencontros emocionais atalhando anos, décadas, encarnações em instantes.
Não sabemos o quanto somos importantes. E temos a necessidade de de nos sentirmos importantes. É uma necessidade básica. Intrínseca a auto estima. Mas o fato de não ter a dimensão do amor que nos é enviado diariamente não nos faz menos amados. As pessoas que passaram o dia nos meu pensamentos nem fazem idéia do quanto são importantes pra mim. Também não tenho dimensão do quanto sou importante a elas.
E assim o tempo torna se cada vez mais precioso. Podemos enriquecer do dia pra noite. Mas não financeiramente. Emocionalmente. Assim que assumirmos o que somos e que merecemos ser amados, a auto estima sentirá um UP! Não é nada externo, é interno. O mundo está rolando ali fora. Nós o interpretamos e absorvemos o que entendemos que seja verdadeiro. Normalmente não é. Codificamos uma forma de entender e a instalamos. As vezes esta forma de entender precisa ser modificada, ou recodificada. Aí sim instalaremos uma auto estima equilibrada, teremos a dimensão do quanto somos amados. E quando descobrirmos um amor novo este será real, porque está tudo no seu lugar. Quem estiver em nossos corações pode até não ter consciência disso, mas nós temos. E sentindo se merecedor, vem a dimensão deste amor. E, enfim, a riqueza que o Chico se referia.
Não temos a dimensão do quanto somos importantes. Mas nem isso diminui nossa importância.

Luz. Câmera. Ação!

Às vezes vai do jeito que dá. Não é muito assim-assado. É do jeito que for. É sem saída, seja onde for e seja o que deus quiser. É almoço de improviso, um não repara a bagunça. Tudo bem, lá em casa também é assim. Isso porque a vida não permite ensaios. “Tá gravando?” TÁ! E vai assim mesmo.
Estamos gravando cada dia, cada instante na nossa história. História essa nem tão particular. A minha história doméstica está toda no meu semblante quando piso na rua. Ou ao menos o que eu penso dela. O que eu trago comigo, se é trago ou estrago, se deixo com alguém ou levo aonde for. Assim moldamos nossa aura, nossa vibe. Que dão nosso colorido as tintas com que pintamos nossa vida. Nosso diário.
Os filósofos estoicistas  exaltam que escolhemos de quem nos aproximamos e de quem nos afastamos. Com as coisas do mesmo modo. É um papo bem interessante. Tem coisas na vida que realmente não temos domínio e outras que só dependem de nós. Pensamos que controlamos nosso corpo, quando, verdadeiramente, ele está muito mais vinculado ao inconsciente que ao consciente. Pensamos ter algum controle dos nossos sentimentos, até vir um momento que como avalanche faz tudo cair por terra.
A forma como encaramos cada novidade, se recuamos ou se mergulhamos de cabeça é tudo escolha nossa. E tudo isso está sendo gravado. Escrito numa pedra em que logo vamos ler.
É ingenuidade pensar que a portas fechadas estaremos com o coração seguro, porque nos expressamos em tudo. Na voz, na letra, na escolha da cor da roupa, no sorriso ou no não sorrir. E cada um desses é um imã. O que transmitimos volta. Fazer o quê? Não fazer de conta, pôr a cara e a coragem. Sem essa de cara a tapa. Cara não é pra tomar tapa.  Sem essa também de sorria, meu bem. Se é pra sorrir que seja sincero. Chore de verdade também, faz bem. Se não aceitar a dor, não viverá com intensidade a alegria. Cada coisa na sua hora. Sem ensaios.
E se acharem estranho? Tudo bem. Quem não nos entende só nos vê por fora, não por dentro. Deixa estar, é só isso. Não temos a temer o que somos, porque isso é a verdade. A verdade do que somos só trará felicidade. Ainda que algum desconforto inicial, mas só o real pode trazer a felicidade. O falso não. Ele não sobrevive ao mundo real. Só a verdade sobrevive e liberta. Essa a razão de ser verdadeiro. Tanto nas lágrimas como nos sorrisos. Pois é nessa vibração que nos envolveremos e teremos o retorno dela. Nosso mundo real e sem ensaios.

Lendas

Conta uma das estórias mitológicas gregas que Aracne, uma tecelã talentosa, teria envaidecido se de seu dom a ponto de considerar se melhor que uma deusa grega. Deve ser Afrodite. Fizeram um desafio entre as duas e a deusa perdeu a disputa. A deusa enfurecida puniu a tecelã diminuindo lhe os membros e fazendo um monte de control C, control V + fotoshop. Resultado a mulher tornou se uma aranha, a primeira de todas. Esta lenda mitológica é, em tese, para explicar o surgimento das aranhas e sua característica peculiar de tecer as teias. Eu não creio que os gregos acreditavam nisso. Penso que era apenas mais uma forma de lembrar a necessidade de valores como a humildade. E lembrar aqui que isso é fundamental pra desenvolver uma série de virtudes é chover no molhado. Mesmo que seja sempre bom relembrar esta virtude rara.
Sabe porque poucas pessoas tem interesse em serem humildes? Porque a humildade é a virtude mais difícil de ser percebida. Todos reparam num bom orador, numa pessoa bonita, em alguém inteligente. Mas quem repara em um humilde? Pode ser confundido com tantas coisas. Uma pessoa sem personalidade, um feio em primeira instância que depois revela se encantador, um pamonha, qualquer coisa. Por isso é duro ser verdadeiramente humilde. Porque nos importamos realmente com o que os outros pensam. Se não nos importássemos nossa vida seria outra. Como seria outra? Porque agiríamos muito diferente. Somos outra pessoa na companhia de alguém. Seja quem for esse alguém. A simples presença muda o contexto da situação.
Isso tem haver com a idéia principal que a parábola grega traz pra mim. Me detive na humildade, mas creio que há mais na estória. Como em outras parábolas.
O que me chama mais a atenção é a necessidade de estórinhas mágicas para dizer ou representar algo. Isso ocorre em todas as eras com todos os povos. Até hoje. E mais, não é efeito coletivo. É individual. Quer ver? Quantas vezes colocamos o peso da culpa em outro, por um acontecimento que julgamos ser nosso fracasso? Culpamos alguém, pois é pesado demais aceitar que um erro nosso inviabilizou um desejo que parecia tão importante. Criamos nossas próprias ilusões de que no passado era melhor. Há quem crê que em seu tempo (desde quando algum tempo foi de alguém?) os políticos eram honestos, todo mundo era fiel em seu relacionamento, as pessoas eram mais humanas (pessoas humanas?) e no seu time de futebol só tinha craque. Invencionice. Era praticamente como é. Esses malabarismos emocionais só servem pra tentarmos encontrar um lugar pra sermos felizes. Nem que seja num passado remoto que jamais voltará.
Então colocamos a felicidade em um lugar longínquo. Dizem que podemos mudar o futuro na nossa vida, mas as pessoas vivem mudando o passado. O passado é contado segundo nossa interpretação, nunca como foi. Os fatos passam pelo emocional antes do registro na memória, causando uma série de impressões que nem sempre (melhor, quase nunca) foram daquele jeito.
Bob Dylan diz que o futuro está no passado. E em parte é verdade. A mente quando insegura busca refúgio no conhecido e nos faz andar em círculos. Repetimos atitudes entre a família, entre um relacionamento amoroso e outro, entre o dia a dia. Por quê? Para que tudo permança na zona conhecida. Fácil. Assim se sabe onde se está pisando.
Criamos assim nossas parábolas. A parábola de que na infância tudo era melhor, que éramos mais amados porque tudo nos era dado nas mãos, não havia compromissos e contas a pagar. Esses que concordam com essas idéias não se recordam de que tinham de pedir permissão pra tudo. Nem a hora de dormir escolhiam. Já imaginou a consciência adulta numa criança? Seria o caos familiar. E os pais seriam dispensáveis, claro.
Então criamos nossa mitologia particular. A infância é o paraíso. Escolhemos deuses nas pretensas celebridades. Endeusamos quem nos tocar um emocional confuso por sentir um pouco de conforto. Pronto. Já é possível ter quase uma religião. Só esquecemos de alguém nisso tudo. Da gente.
Procuramos referência nos outros quando nossa referência deve ser o nosso individual. O mundo não precisa de outra Lady Gaga. Aliás, nem da primeira. O mundo, a vida e quem estiver por perto precisam de  ti como és.  Passamos a vida tentando atender as expectativas dos outros pra satisfaze los. E se nos amam  só nos querem ver felizes. Então basta sermos felizes pra atender esta expectativa. É só ser você! Esqueça a Lady Gaga.
Rolamos entre uma emoção e outra para encontrar um alívio. Um resguardo para a autoestima, um motivo para ela. Mas o que é necessário está ali. Ali dentro. Ser o que se é.
Criamos tantos mistérios em torno das coisas que não sabemos onde está o chão, aí fica mais complicado de encontrar o rumo.
Lembra da canção que diz que é bobeira não viver a realidade? Aí está a diferença entre viver no mundo mental das nossas parábolas, contos e bobeiras e viver em paz. Sim, porque ser quem se é da paz. Se alguém vive de acordo consigo mesmo, se segue seus princípios estará em paz. Se crê no que vive e mais, vive no que crê, será feliz.
Emmanuel diz que a felicidade repousa numa consciência tranqüila e num coração pacificado. Concordo. Mas haverá forma de consciência e coração equilibrarem se vivendo no dilema entre ilusão ou o que eu sou?
Não são necessárias máscaras, ilusões ou disfarces. Estes só trarão o falso. E o falso não pode ser veículo da felicidade, porque ela é real.
Desde o berço vivemos com meias palavras pra entendermos o significado das coisas por tabela. Na maioria das vezes fingimos que entendemos. E depois fingimos que estamos bem. Que vivemos na plenitude da felicidade.
André Luiz recomenda: abandone a ilusão antes que a ilusão te abandone. Para isso precisa coragem. E só teremos a vida verdadeira quando a ilusão for deixada de lado. Quando as estórias para os bois e a consciência dormirem forem passadas a limpo, aí sim teremos a felicidade palpável. E onde está a felicidade palpável? No futuro que está no passado, segundo Bob Dylan, no fim do arco íris ou num sonho louco? No agora! Só o agora é real. Só nele a vida faz seu lugar.
Então teça suas teias no agora. Realize no agora, mas mais que isso, realize se. E  todos que te amam serão felizes por ti. Seja feliz por ti e eles serão atendidos em suas expectativas. Então todos serão felizes.
Ah! E humildade.

Todo início

A cada início a gente se reinventa. Por isso a importância de se iniciar, de criar. Cada vez que criamos é como uma foto. É só naquele momento que se faz daquele jeito. Uma canção deixada pra ser composta depois jamais será igual. A cada momento o seu sentimento, sua vertente. Os filósofos dizem que somos como um rio. A água que passou nunca mais retorna, assim também somo, jamais os mesmo.
Por isso cada vez que iniciamos, nos iniciamos. Pega uma caneta e um papel, abra o word. O que for escrito ali será uma nova foto. Que só naquele momento será possível.
E qual a maior de todas as virtudes para iniciar? Será a criatividade? Será a percepção? Eu creio que seja a coragem. Sem ela ninguém se expõe. Sem a coragem ninguém se abre, então nada pode sair. Sem coragem o primeiro passo se intimida e fica pra trás. E nunca se vai pra frente. Saber onde pisa é parte do caminho. Mas só com coragem se decide por um rumo. Até pra ser feliz é necessário coragem. Pra ser infeliz é fácil. Basta se intimidar, deixar se de lado, não valorizar se. Mas pra se amar, se conhecer e lutar por si tem que ter coragem. Ah, tem! Tem que se dispor a ouvir e ver o que vier ser o que se é.
A palavra coragem é linda. Ela tem o radical COR, que vem de CORação. O agem é relacionado a verbo, então é agir. Agir com o coração. Sim, Pessoas há que são muito mentais e pensam e repensam, os cães ladram e a caravana passa, o tempo se vai. E o mentalizador ficou. Será que era seguro pensa ele. Nunca vai saber. O corajoso sabe.
A cada momento mil opções a nossa frente. Provavelmente muito mais. E qual delas escolhemos. Por qual optamos?  A mais fácil ou a que nos fará mais felizes. Pra mim felicidade tem a ver com intensidade. Coisa meia boca deixa traumas. Ou você já se satifez com algo que não era bem o que queria, mas serviu? Não. O que você queria ficou latente lá dentro. E você ainda quer. Vai lutar por ele ou ficar com o que apenas serve?
Bom, eu queria trocar idéias, expor meus pensamentos. Dar minha cara a tapa pra quem quiser me ler e me interpretar. Pensei num blog. Ta aí ele. Se serve ou se é o que eu queria daqui a uns dias eu posto aqui. Se nunca mais postar você já sabe. Se você nunca souber do meu blog, eu já saberei.
Tudo isso pra dizer que pra iniciar um blog e se expor é preciso coragem. Coragem que resolvi ter. Não sei onde anda a caravana ou se os cães ainda ladram. Mas aí está. Vamos ver no que dá.
Palavras mágicas. Mais uma  idéia. Peguei essa idéia do mundo das idéias do Platão. O mundo é dele as palavras são minhas. Depois de ler tudo isso, escreva aqui as suas. Elas me dirão o que as minhas te disseram. Elas serão nosso elo. Você sabe de mim, e eu saberei de você. Elas serão mágicas.
Está aberto o Palavras Mágicas.